O prefeito de Olímpia, Fernando Augusto Cunha (PR), entrou com interpelação judicial de difamação contra a cidadã Tatiana Rayel Zimmermann Aranha, que, em setembro passado, fez uma live denunciando suposta perseguição política de servidores que estariam postando em redes sociais fotos com candidatos não apoiados pelo prefeito. “A interpelada faz uso da rede mundial de computadores para ofender, denegrir a imagem da Administração Municipal”, fundamenta o corpo jurídico da prefeitura.

Como a autora não identificou nominalmente os autores de tal perseguição, a interpelação judicial fundamenta que “é necessário aferir e comprovar a extensão de tais declarações, pois se alcançaram a dimensão aventada pela mídia, configurada está o crime de difamação”.

O teor da degravação, constante da peça judicial, que não está sob segredo de Justiça, é o seguinte:

Daí, o requerente – no caso o prefeito da Estância Turística Fernando Cunha, deseja que se esclareçam “situações revestidas de equivocidade, ambiguidade ou dubiedade, a fim de que se viabilize o exercício eventual de ação penal condenatória”. Ou seja, quer que Tati produza provas contra si, esclarecendo, dando nomes, o que isso não ocorreu na live de setembro passado, “trazendo provas de tais afirmações”.

Agora, Tatiana tem cinco dias para formular as suas explicações em Juízo. “Eu não critiquei o prefeito, não dei nomes, apenas falei de uma gestão, não citei nenhum servidor público, eu vou explicar e tenho a certeza que é mais um tiro no pé”, disse Tati ao Diário.

A Assessoria de Imprensa da Prefeitura enviou ao Diário a seguinte lacônica nota: “A Prefeitura da Estância Turística de Olímpia esclarece que tem por norma não oferecer comentários sobre ações judiciais ou conteúdos que serão objeto de exame do Poder Judiciário, até que haja uma decisão da justiça. Ressalta ainda que o departamento jurídico do município está à disposição da justiça para eventuais esclarecimentos”.

Tati, como é conhecida, fez uma ‘live’ na noite de ontem a respeito deste assunto: