Olímpia irá completar 119 anos de fundação no próximo dia 3 com “mais de 50 anos de atraso na produção de água tratada para os atual 55 mil habitantes”.

A afirmação é do prefeito Fernando Cunha ao receber a imprensa hoje pela manhã na sede da autarquia Daemo Ambiental para revelar dados do abastecimento de água, reservação, tratamento de esgoto e obras em andamento que, espera-se, ainda em seu governo “a cidade possa gozar de 100% de água e esgoto tratados”.

O Diário fez transmissão ao vivo, com exclusividade, e reproduz os principais trechos revelados pelo prefeito e engenheiros:

“Todo prefeito quer deixar o seu legado. Por onde passei, pelos cargos que ocupei, busquei soluções e deixei realizações. Na Prefeitura, já vislumbro alguns legados que vou deixar em Olímpia, uma dela é a forma de gestão justa, porém austera, e grandes desafios, como a Saúde, que já avançamos muito face à precariedade da saúde do País, e o abastecimento de água e tratamento de esgoto devo concluir esse outro grande desafio, ao lado da Segurança Pública (até o ano que vem estará funcionando plenamente a Guarda Municipal, segundo ele, além do ‘grande Big Brother’ do monitoramento funcionamento a partir do segundo semestre)”, afirmou Cunha.

Segundo ele, a prioridade foi o esgoto, que a cidade tem apenas 20% do esgoto tratado, a partir da ETE Programa Água Limpa, do governo do Estado, hoje orçado em R$ 40 milhões, conquistado no governo do ex-prefeito, hoje deputado federal, Geninho Zuliani. “Em meados deste ano, será outro legado que a gente deixa”, disse o prefeito.

E, quanto à água, o prefeito ressaltou que “temos grandes desafios, produzir, armazenar e distribuir. Vamos começar pela produção, Olímpia está parada há 50 anos na produção, vivemos de pequenos poços, soluções improvisadas, não nos dá segurança, se cair um caminhão de veneno ou combustível do Córrego Olhos D’Água, fazendo um paralelo exagerado com Brumadinho (MG), vamos ficar sem água, não podemos conviver com isso, temos que ampliar a produção, daí fomos buscar a mil metros de profundidade, no Aquífero Guarani em dois poços profundos, vamos ter água de qualidade, mineral, até o final de minha gestão, se Deus quiser”.

Quanto ao poço profundo do Jardim Toledo, ao lado da sede da autarquia, com profundidade de 1.100 metros, o prefeito e engenheiros confirmaram o que o Diário já tinha adiantado na semana passada, em primeira mão: a vazão é de 160 metros cúbicos por hora (160 mil litros), apesar do projeto do governo estadual prever até 300 metros cúbicos. Todas as dificuldades e uma rocha “diabásio” de 36 metros de espessura no meio do caminho, já noticiadas pelo Diário anteriormente, foram confirmadas.

E quanto ao poço profundo, também sobre o Aquífero Guarani, no Rio Cachoeirinha, esse não tem apresentado problemas e deverá oferecer em torno de 200 metros cúbicos de água por hora (200 mil litros). Ambos os poços, somados os 360 metros cúbicos, aproximadamente, ultrapassam a vazão dos poços artesianos que costuram e emendam a debilitada rede de abastecimento de água de Olímpia.

Na ocasião, foram passados outros investimentos e expectativas do atual governo para o esgoto e também água (veja a sequência abaixo):

ESGOTO

ÁGUA TRATADA