Toda mãe ‘de primeira viagem’ pode ter passado pela dificuldade de amamentar o seu recém-nascido. Assim, este texto, extraído do perfil aprendiz_de mamãe, do Instagram, mantido por Nathalia Concon, e que reúne, principalmente, as mães de ‘primeira viagem’, trocando experiências, tirando dúvidas. Neste caso, sobre a estreia da amamentação. Fotos Brunno Oliveira

leozinho-Foto-Brunno-Oliveira_04Por Nathalia Concon — Bom meninas, aproveito o soninho do pequeno Leozinho para dar o meu relato, sobre amamentação.

Tenho pra mim que mulher nenhuma é menos mãe por não amamentar. Mas, essa era uma vontade muito grande que eu tinha. Muito mesmo! (Creio que da maioria).

Durante a minha gestação, eu tinha bastante colostro. Então ficava imaginando que seria muito fácil ter leite. Mas, não é tão fácil assim. Quem já passou por isso, sabe o quanto é difícil.

Quando o Léo subiu para o quarto, no Hospital Beneficência Portuguesa, de Rio Preto, na noite do dia 24 passado, eu já tentei colocá-lo no peito, porém estávamos nos conhecendo. Era difícil pra ele e pra mim. E só descia um pouco de colostro, o que é normal. Disseram que o leite levava até cinco dias para descer.

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As enfermeiras apertavam o meu mamilo pra me ensinar. Só que a “delicadeza era tanta” que assou os dois! Sim, fiquei com uma dor fora do comum!!!

Na quinta-feira (25) que tive alta, não tinha acordo. Não descia nem o colostro. E eu sentia meus seios pesados. Todo mundo dizendo pra tomar banho de água quente! E nada..

Sendo assim, dei o complemento Nam pra ele. Na mamadeirinha. Ele pegou, mas mamava pouco. Quando anoiteceu, eu lembrei que em um grupo de WhatsApp que participava, tinham compartilhado o contato de uma consultora de amamentação. Mandei mensagem pra ela, e de imediato ela já me respondeu.

Era por volta das 20h. A consultora me passou o seu telefone residencial e eu liguei voando. Ficamos em média 40 minutos no telefone. Eu chorava muito. Ela me deixou muito calma, disse pra continuar na mamadeira até no dia seguinte cedo, que ela viria em casa. E pra não tomar o banho quente/morno, porque não adianta descer leite e eu não saber como dar o bico pra ele, a ‘pega’ correta.

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No dia seguinte cedo, aqui estava ela. Minha fada madrinha. Ela massageou. E me mostrou que descia colostro, sim. Era questão de saber como. Aluguei uma bombinha elétrica dela para estimular. Da renomada marca Medela. Ela me deu muitas dicas, e também me ensinou a técnica da sondinha. Para dar o meu leite — eu ordenhava, colocava meu leitinho que era colostro ainda em um vidrinho. Ela furou e colocou a sonda.. Aí ou eu, ou o Rafa  tínhamos que colocar o dedinho no céu da boca do Léo.

Essa técnica do dedinho é muito legal. Muito mesmo. Só que só pode ser feita pelo papai ou pela mamãe.

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Como nos primeiros dias minha avó estava aqui dormindo conosco, eu ordenhei e coloquei na mamadeira. No primeiro dia foi tranquilo, ela deu essa mamadeira pra ele pra gente descansar.

Já no segundo dia, comecei tentar dar o peito, mesmo assado. E ele pegou! Foi um momento inesquecível pra mim.. Eu tinha sofrido tanto.. E continuava, porque dói. É uma dor muuuito grande. Uma dor que eu estava disposta a sentir depois que percebi que conseguiria.

E a partir daí ele começou negar um pouco a mamadeira. Nem me importei. Ele resmungava, lá estava eu com o tetêthiiiiiii nele ahahahah.

A consultora me disse o seguinte: a dor no começo da mamada é normal, porém, ela fez eu dizer uma nota. E segundos após isso ela pedia em que nota estava. Pois não é normal sentir uma dor o tempo todo! Se sentisse, a pega estaria errada.

Se estamos 100% já? Não! Com certeza, Não.

Chamei ela novamente essa semana, porque Leozinho desce bem para o biquinho. E estava me machucando. O correto da pegada é colocar toda a auréola. Ela repete sempre pra mim “soca e fica”, levando o rosto do bebê segurando firmemente pela nuca, mas com gentileza.

Estamos caminhando.Nos conhecendo. E aprendendo um com o outro.

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Se posso deixar uma mensagem pra vocês: Não desistam.. O importante é tentar! Se não conseguir, a culpa não é sua! Você tentou!!!

Ah, e quanto à maquininha. Já devolvi. Meu ‘bezerro’ mama várias vezes e já não dava mais tempo de ordenhar.

Conforme os dias forem passando vou trocando experiências com vocês sobre as mamadas.

Mudanças!! E espero dicas de vocês também!!

Como foi a sua experiência? Tem outras dicas? Conte pra gente!!!

Beijos e fiquem com Deus,

Nathalia Concon, mãe do Leonardo Concon Barbosa, nascido em 24 de maio passado

2 COMENTÁRIOS

  1. Oi Nathalia, sou enfermeira e apaixonada pelo aleitamento materno, parabéns pelo seu esforço, dedicação e firmeza. Tudo de bom pra vc e seu bebezinho.
    O Dr. Carlos Renato sempre me encaminha mães desesperadas com seus seios empedrados e que os bebes não conseguem pegar, ajudo na ordenha, pega e postura corretas e auto confiança, sempre da certo. O leite materno é sagrado, nós geramos a vida e qdo temos a condição de nutrir a vida é muito gratificante e saudável. Abraços, continue firme.

  2. Eu como mãe de dois Bebes rsrs, posso te garantir que as mamadas todas sao diferentes uma da outra, mas todas são gratificantes meu mais velho está com 3 anos e dois meses amamentei até 1 anos e 2 meses porque descobri que estava gravida de novo, então precisei tirar, mas acredite até hoje ele deita no meu colo e fica sentindo o cheiro do leite, já mais novo está com 1 ano e meio e mama até hoje sinto que vai até uns 3, e sinceramente vou deixar até ele resolver parar porque amamentar é um sonho.
    Quanto ao leite de fato não é fácil, mas um dica boa para cicatrização é casca de banana, deixa o seio tampado com a casca, foi o que resolveu para mim, porque nada adiantava nas mamadas eu tirava lavava e dava para meu filho. Agora concordo com você só consegue quem persiste.

    Bjuz boa sorte na sua jornada.