Por Ivanaldo Mendonça — A Igreja, nascida do próprio Cristo tem Nele seu único e inabalável fundamento. Sua missão, ao longo dos tempos é, prolongando a ação do Mestre, fazer chegar a todas as pessoas a Boa Nova do Evangelho, missão ratificada, por exemplo, no envio feito pelo Ressuscitado aos discípulos: “(…) Portanto vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos batizando-os em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” (Mateus 28,18-20a).
Assim como nasce a razão de ser e missão da Igreja, nasce, igualmente, a razão de ser e missão do discípulo, do cristão que, comprometido com a vivência da fé, em primeiro lugar experiência o profundo encontro pessoal com Jesus Cristo; tendo por Ele sua vida transformada, num contínuo processo de conversão, busca a maturidade e equilíbrio propostos pelo Evangelho.
Inserido na comunidade de fé, a Igreja, todos os discípulos são chamados a viver a profunda comunhão, sob a guia dos pastores que, em nome de Cristo, orientam Seu rebanho na terra. Iluminados pelo poder da Palavra, sustentados pelo poder da Eucaristia, fortalecidos pelo poder da oração, pessoal e eclesial, os discípulos são enviados em missão, testemunhando, pela própria vida, através de palavras e gestos aquilo que receberam do Senhor.
Se a Igreja não evangeliza, perde o sentido de sua existência, tornado-se simplesmente uma instituição, uma estrutura que, com o passar do tempo, torna-se pesada e cai sobre si mesmo; se o discípulo não evangeliza não vive a plenitude da fé, arrisca-se a sequer sair do lugar, ou, então, parar a beira do caminho, numa compreensão parcial daquilo que, de fato, a fé cristã significa e, sua vivência concreta produz.
Cada momento da história apresenta inúmeros desafios. Urge á Igreja retomar e reforçar a consciência daquilo que consiste sua razão de ser: evangelizar; movimento este que exige contínuo esforço e conversão. Assim também, cada batizado, cada discípulo, deve mergulhando profundamente, redescobrir e fortalecer o cerne da fé cristã, assumindo, consequentemente, na liberdade e co-responsabilidade, com disposição, alegria e esperança, seu lugar na Igreja e no mundo.
Não estamos sozinhos: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mateus 28,20b), enfatiza o Ressuscitado. Igreja evangelizadora, cristãos evangelizadores! Evangelizar! Nossa missão!
Ivanaldo Mendonça
Padre, Pós-graduado em Psicologia,
