Concluindo o primeiro ano de estudos da 1ª turma de Engenharia da Computação da Univesp, polo de Olímpia, os alunos apresentaram um protótipo de um modelo economicamente acessível para monitoramento das queimadas.

O projeto utiliza sensores de fumaça e gases, e processamento dos dados por microcontroladores para detecção e localização precoce dos incêndios, viabilizando, assim, a tomada de medidas necessárias em tempo hábil.

A pesquisa foi motivada pelo grande índice de focos de incêndio em todo o interior do estado de São Paulo, com ênfase na cidade de Olímpia. De acordo com o banco de dados de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no período de 01/09/2017 a 01/09/2018, o município apresentou 353 focos de incêndio.

Tais focos muitas vezes se transformam em queimadas de larga escala devido ao clima seco e vegetação propícios ao alastramento das chamas, como ocorre no cultivo da cana, presente na zona rural do município. Além de prejudicar todo o ecossistema, as queimadas ainda afetam a saúde e a segurança da população.

Assim, segundo os autores, o protótipo e seus futuros desdobramentos, considerando que os objetivos sejam atingidos, seriam de grande importância para a população em geral, pois o combate precoce as queimadas diminuiria a quantidade de detritos lançados na atmosfera, em períodos de estiagem, e, consequentemente, haveria diminuição dos atendimentos ambulatoriais e hospitalares devido a patologias respiratórias.

Da mesma forma, o projeto também seria importante na proteção das propriedades rurais onde são gerados inúmeros empregos, uma vez que o controle precoce de focos de incêndio, de maneira a evitar incêndios descontrolados, torna o trabalho das brigadas de incêndio e Corpo de Bombeiros mais eficiente e menos perigoso, tanto no combate aos danos, como no controle do tráfego nas vias públicas e nas proximidades.

O grupo, formado pelos alunos Cristina Monteiro, Daiane Aguilar, Eimar da Nóbrega Bezerra Machado, Pedro Silva Nogaroto e Ricardo Schirato de Oliveira, com auxílio do coordenador do polo local, Tiago Ignácio, contou com o apoio do Corpo de Bombeiros do município e da equipe de enfermagem da UPA – Unidade de Pronto Atendimento, que forneceram dados e entrevistas.

“Agradecemos a todos o apoio e a contribuição dos envolvidos, do corpo docente da Univesp e também da Prefeitura de Olímpia”, enalteceram os alunos na apresentação do projeto.