Documentos, livros fiscais, fichários, cheques assinados, prontuários e TCCs de ex-alunos, coleções de CDs e de enciclopédias, como Barsa, Trópicos, livros jurídicos, e muito mais jogados do outro lado do prédio onde funcionava a FAER/Uniesp. O Diário chegou ao local, nesta manhã de segunda-feira (10), e encontrou o vento carregando tudo, até fotocópias de documentos de identidade, agendas de professores… tudo ao vento e para quem quisesse pegar.

O material ainda estava lá TODO SOLTO e SEM VIGIA à noite de ontem, domingo.

A Família Riscali, proprietária do prédio e ex-mantenedora da Faculdade Ernesto Riscali enviou nota ao Diário (veja abaixo) As imagens são fortes. Fotos e vídeos Leonardo Concon

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Segundo o diretor da Uniesp, Rodrigo César Marini, “nada estava jogado, estava do lado de fora esperando o caminhão”. O caminhão que só chegou depois de 40 minutos que o Diário estava ao vivo flagrando, em vídeo e fotos, o vento consumindo tudo, sem o menor respeito pelo patrimônio escolar. Até fichários, com fotos, de aluna, quando criança, hoje já formada, no chão, sendo pisoteado.

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Um caminhão chegou e começou a recolher, ou melhor, a jogar tudo para dentro do baú. Sem o menor cuidado, respeito.

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Marini chegou a chamar a Polícia Militar, alegando que estavam levando o patrimônio da escola. Como levando? Alunos revoltados, como mostram as ‘lives’ do Diário. Documentos no chão, na terra. Cabo PM Faccio, comentou para Marini: “Mas, está jogado, não bem acondicionado”. De fato, não havia ninguém tomando conta quando o Diário chegou. Melhor explicando: o material posou a noite toda. E se chovesse?

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Marini alega que foi despedido por culpa do Diário, da imprensa. Uma professora se revoltou quando viu o seu trabalho, de anos, jogado. Não estava protegido, nem guardado, como tentaram explicar.

A Ordem de Despejo não quer dizer jogar nada fora. Bastava nomear um fiel depositário. O Diário enviou, no e-mail do proprietário e reitor da Uniesp, Fernando Costa Pinto, pedido de explicações. Estamos aguardando.

NOTA DA FAMÍLIA RISCALI

“A UNIESP possuía um mandado de despejo para sair do meu prédio até sábado, dia 8. No dia 9, às 10horas da manhã, fomos com o oficial de justiça no local e eles ainda estavam lá. Pediram mais algumas horas para terminar a mudança, e concedemos para sermos razoáveis. Eles colocaram, então, tudo na calçada. Poderiam ter deixado os documentos dentro do prédio, nomeando um depositário, mas preferiram deixar na rua. Lamentável!!!”

A CULPA É DA IMPRENSA??

Circula nas redes sociais a ‘explicação oficial’: “Caríssimos, boa tarde! Acabei de conversar com o prof. Rodrigo Marini e ele me disse que os documentos e as caixas que estão sendo mostrados nas fotos, ficaram realmente do lado de fora da faculdade, mas com um vigia. Na manhã de hoje, o caminhão contratado fez uma primeira viagem com a documentação para o prédio da rua Síria e entre uma viagem e a outra aconteceu de alguém ter remexido os papéis e alguém chamou a imprensa. Neste momento o prof. Rodrigo está no local já prestando os devidos esclarecimentos sobre a ocorrência. Então, NÃO HOUVE ABANDONO DA DOCUMENTAÇÃO, pois havia um vigia tomando conta. O prof. Rodrigo disse que a partir do momento que aconteceu de alguém ter remexido os papéis houve um grande sensacionalismo em torno da ocorrência e ele ja está no local e prestando os esclarecimentos a respeito do fato”.

As fotos e vídeos mostram bem que estavam, sim, abandonados. Não havia vigia e passou a noite anterior desse jeito.

CONFIRAM AS LIVES DO DIÁRIO:

GALERIA DE FOTOS

1 COMENTÁRIO

  1. Somos formandos de uma unidade da Uniesp em Campinas, e, infelizmente estamos vivendo dramas muito parecido com documentos perdidos pela unidade, além de não recebermos nosso diplomas, na qual nos formamos em dezembro de 2015, e outro ponto importante desse meu comentário é o projeto Uniesp-paga, e não está sendo cumprido por parte da mantenedora!
    Nos ajudem, porque já estamos sem vozes para gritar por socorro!