Bancários de Olímpia e região decidiram aderir à greve nacional da categoria, anunciada para a zero hora desta terça-feira, dia 6, e por tempo indeterminado. Eles rejeitaram a proposta de reajuste apresentada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) de 6,5% mais R$ 3 mil de abono e pedem aumento de 14,78%.

Como Olímpia faz parte dessa base sindical rio-pretense, a orientação seria, a princípio, manter o mesmo esquema das greves anteriores, ou seja, bancos estatais greve em período integral e, nos privados, fechados até ao meio-dia, abrindo, portanto, ao público, das 12h às 15h. Poderá não ter adesão imediata 100% nos primeiros dias, mas qualquer alteração, noticiaremos.

Segundo o primeiro-secretário do Sindicato dos Bancários de Rio Preto e Região, Edson Aparecido Favaron, da qual Olímpia faz parte, a expectativa é de adesão de 100% dos bancos no primeiro dia na cidade e chegar também a 100% nos 33 municípios da região até segunda-feira, dia 12, que compreendem cerca de 1.500 agências e 2.900 bancários.

“Nosso trabalho vai se concentrar inicialmente em Rio Preto, onde se concentram o maior número de agências e em seguida atuar na região”, diz. A decisão de aderir à greve se deu após uma assembleia na última sexta-feira, dia 2.

Ainda segundo Favaron, a proposta dos bancos não repõe nem mesmo a inflação do período. “O Índice Nacional de Preços ao Consumidor acumula 10,5% e os bancos querem oferecer apenas 6,5% de reajuste, é inaceitável”, justifica.

Além da questão salarial, a categoria tem outras reivindicações, como garantia de emprego, melhores condições de trabalho, com o fim de metas abusivas e do assédio moral, mais segurança nas agências, igualdade de oportunidades, combate às terceirizações, mais contratações, além de auxílio-educação.

O Comando Nacional dos Bancários entregou a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto à Febraban, já que a data base dos bancários é setembro, mas não houve acordo.

Em sua página, a Febraban aponta que somados o abono e o reajuste, representa um aumento de 15% na remuneração para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo. “Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento será de 12,3% e, para os salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para um caixa, com o reajuste de 6,5%, passaria a R$ 2.842,96”.

A Federação dos Bancos expõe ainda que com o reajuste proposto, os funcionários do setor passariam a ter auxílio-alimentação no valor de R$ 523,48 e auxílio-refeição de R$ 694,54.

A última greve dos bancários, em 2015, durou 16 dias. Segundo Favaron, a proposta da Febraban na ocasião era de reajuste de 4,5%, mas eles conseguiram elevar para 10%.

Alternativas

A Procon alerta que em caso de paralisação bancária, o consumidor não pode deixar de pagar suas conta e é preciso buscar alternativas para realizar os pagamentos.

O acesso aos terminais eletrônicos das agências permanece normal durante a greve e é uma das opções para pagamentos, saques, transferências. As mesmas operações podem ser feitas online.

Para quem não possui um cartão que possa ser utilizado no caixa eletrônico, a dica é recorrer às casas lotéricas ou lojas de departamento que aceitam quitação de contas de diferentes tipos.

Já para quem precisa sacar dinheiro na boca do caixa (quando os valores são superiores ao permitido nos caixas eletrônicos), o Procon aconselha a entrar em contato com o banco pelo telefone e solicitar uma solução.

No caso dos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), o dinheiro pode ser sacado nos caixas eletrônicos. Exceção aos que recebem pela Caixa Econômica Federal, que devem retirar os benefícios em lotéricas.

Com Diário da Região e informações locais