Da Redação —Olímpia fecha o balanço do emprego no primeiro semestre de 2016 no azul, ao contrário do que ocorre no Estado e na federação. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), Olímpia está mantendo 379 empregos, dos 2.630 contratados, com carteira assinada, de janeiro a junho. Portanto, foram desligados, nesse período, 2.251 trabalhadores na cidade.

Já o Brasil fechou 91.032 vagas de trabalho com carteira assinada somente no mês de junho e acumulou a perda de 531.765 postos formais no primeiro semestre deste ano.

No Estado de São Paulo, o saldo é negativo também: 140.456 demitidos.

graficoEm Olímpia, o setor que mais emprego foi o agrícola, seguido pelo comércio e setores ligados à alimentação e hospedagem. Já quem demitiu mais foi o comércio local.

A microrregião também fechou no azul, mantendo 932 empregos. São José do Rio Preto, no entanto, fecha o semestre com 2.897 demissões, enquanto que, em Barretos, o emprego também está em alta: saldo positivo de 927 trabalhadores em seus postos com carteiras assinadas.

ECONOMIA BRASILEIRA

Já estava na conta que, em plena recessão econômica, um período que costuma ser de contratações não conseguiria manter a tendência de anos anteriores. Mesmo assim, o resultado foi avaliado por economistas como uma prova de que o pior em termos de mercado de trabalho ainda não passou.

“É cedo para dizer que chegamos ao fundo do poço”, disse o economista Bruno Ottoni, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Especialistas já vêm alertando que o emprego é o último a reagir, tanto em caso de desaceleração da atividade quanto depois na sua recuperação.

“O emprego formal deve terminar o ano com saldo negativo de um milhão de vagas”, prevê Ottoni. No ano passado, o País já assistiu à extinção de 1,5 milhão de postos com carteira assinada, processo que ganhou força ao longo de 2016. Em junho, o resultado acumulado em 12 meses foi negativo em 1,765 milhão.