O prefeito de Olímpia, Fernando Cunha, decide nesta manhã a melhor estratégia, ou o caminho legal, para que a Estância permaneça na faixa amarela, ou seja, a fase 3 do Plano São Paulo, com flexibilização do comércio e serviços controlados, e não retroceda ao fechamento total da faixa vermelha, fase 1, como determinou na semana passada o governador de São Paulo, João Dória, para toda a região administrativa de Barretos, à qual Olímpia integra.

O novo decreto estadual do governador, endurecendo o Plano São Paulo e, consequentemente, Olímpia, entra em vigor nesta terça-feira (16), mas há essa pendência judicial da liminar do Mandado de Segurança.

Pela visão do governador, generalizada, Olímpia retrocede, inclusive, atrás de São José do Rio Preto, que tem mais casos positivos e óbitos, desagradou o prefeito Fernando Cunha e, evidentemente, todo o setor empresarial da Estância Turística, que vinha, inclusive, articulando um plano em fases para a reabertura de hotéis, pousadas e parques aquáticos, para o segundo semestre.

O PLANO SP — A Fase 1 é a mais rígida, liberando apenas serviços essenciais. É conhecida como Alerta Máximo. A Fase 2 é a de Controle, onde está a Região de Rio Preto, de atenção, com eventuais liberações. A Fase 3, onde Olímpia está, é a de flexibilização, Fase controlada, com maior liberação de atividades. A Fase 4, onde nenhum município paulista se encontra, abertura parcial, fase decrescente, com menores restrições. E, finalmente, a Fase 5, o normal controlado, fase de controle da doença, liberação de todas as atividades com protocolos.

Mas, para evitar que Olímpia retroceda, o prefeito entrou com Mandado de Segurança no Fórum da Comarca e aguardou, em videoconferência com outros prefeitos e até lideranças do Estado e da região, a decisão judicial, que não veio, mas continua aguardando liminar.

Daí, hoje, terça (16), pela manhã, ele revelou ao Diário que tomará uma decisão ou anunciará um novo caminho.

EM BARRETOS

O DIÁRIO DE BARRETOS — O prefeito Guilherme Ávila (foto) irá recorrer nesta terça (16) da decisão judicial que obriga a prefeitura seguir recomendações do decreto do governo estadual que classifica o município na fase 1 – vermelha – da quarentena de combate ao coronavírus.

Nesta fase, todos os serviços não essenciais devem ser fechados nos municípios. O chefe do Executivo ponderou que medidas semelhantes foram adotadas em cidades do grande ABC com resultado satisfatório. “Estão em situação muito pior e conseguiram na justiça a reabertura gradual, não queremos avançar e abrir mais, queremos ter condições e o direito de analisar gradativamente a situação. As secretarias de saúde de cada cidade é que vivem essa realidade de perto”, disse.

“Retroceder seria muito duro e drástico e não teria o efeito que todos esperam, as pessoas não ficam mais em casa e começam a ir para a clandestinidade”, acrescentou.

SURPRESA — O chefe do Executivo recebeu com surpresa a notícia da queda da região de Barretos para fase vermelha do Plano SP. Segundo ele, conversa com técnicos do comitê paulista apontavam a região em outra fase. “Somos a região com mais leitos, testamos mais que outras cidades e algo não está correto na forma de tratar as cidades, regiões e pessoas”, afirmou.

INFORMAÇÕES — Em sua opinião, dados sobre o número de internações, por exemplo, não estão claros para as prefeituras. Esse fato pode ter contribuído para a queda de fase da região administrativa. “Estamos alimentando mais o sistema da regional de saúde e esperamos estar em outra fase no dia 28 de junho”, comentou.