Por Caia Piton — O crescimento chega, mas a infra-estrutura falha. Esta temporada mostrou que, fora dos algoritmos e com a ocupação replayer distribuída pelos vacations, teremos uma profusão de imóveis que jamais se ocuparão.

“Dinheiro de investidor”, dirão. Verdade, mas o endereço dele devia ser a cidade e o complexo e não o complexo e os seus beneficiários.

É sabido que a situação da água em nossa cidade preocupa. O Thermas tem oito poços e só um (sim, só um) regular. Sua quantidade de água não é suficiente para manutenção de suas ampliações, já que os vários poços dentro do polígono não estão licenciados no processo de lavra e servem, em tese, somente para fins fitossanitários e, acredite quem quiser, e mesmo assim estão sendo usados.

A capacidade do poço interno não perfaz manter o parque. O segundo poço furado não pode vazar ainda.

A cidade sofre com o desabastecimento e a até agora a CETESB não emitiu licença de funcionamento do parque, só da mineradora. Anos depois não poderíamos estar à mercê de arranjos e sim parceiros de um desenvolvimento sustentável e em parceria público privada.

A cidade sofre pesado a falência da comercialização de hospedagens e o total alheiamento ao trabalho com algoritmos que elegeu Bolsonaro e Trump, vai fazer nosso público “miar” dia a dia. Ou alguém achava que a Tuti representava mais de 40% do movimento da cidade à toa.

Saber trabalhar é uma coisa. Tirar do mercado R$ 90 milhões da economia da cidade num ano só podia dar nisto.

*Caia Piton é advogado e empresário

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