Superar as barreiras da deficiência e garantir o direito à educação. Estes são apenas dois dos pilares fundamentais que sustentam o Atendimento Educacional Especializado (AEE) desenvolvido com alunos deficientes da rede municipal de ensino da Estância Turística de Olímpia.

Iniciado em 2009, por iniciativa e estudo da Supervisora de Ensino, Silvana Albano, juntamente da então Coordenadora Técnico Pedagógica da Educação Especial Inclusiva, Maria Magali Lopes de Oliveira, com orientações do MEC, o projeto começou com a participação de apenas sete alunos que formavam uma classe especial.

No entanto, foi a partir de 2011, quando o AEE foi de fato efetivado, que os atendimentos começaram a crescer com a implantação de três Salas de Recursos Multifuncionais pelo MEC e com a complementação de diversos materiais por parte da secretaria municipal de Educação.

Desde então, o número de alunos atendidos amplia ano a ano, passando de 17 para 122 deficientes, agora em 2018, e, com um crescimento de 717%, aumentaram-se também as deficiências atendidas e os projetos desenvolvidos.

Atualmente, o AEE trabalha com 25 alunos da Educação Infantil e 97 alunos do Ensino Fundamental I (de 1º a 5º anos), sendo: 53 com Deficiência Intelectual; 5 com Paralisia Cerebral; 10 com Deficiência Múltipla; 21 com Transtorno do Espectro Autista; 12 Deficientes Físicos; 11 com Síndrome de Down; 2 Surdos; 4 Deficientes Auditivos; 3 Deficientes Visuais e 1 Cego.

Com o surgimento de novas demandas, a rede municipal passou a desenvolver ainda outros projetos como Atendimento dos Transtornos de Aprendizagem que, a princípio atendia alunos com Dislexia e, depois, incluiu também crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) com três salas fixas e 2 polos itinerantes. Em 2010, foi também implantado o Projeto de Reabilitação em Multimídia, que utiliza recursos computacionais para estimular a atividade cerebral e, hoje, a participação de 30 alunos.

Já em 2017, uma nova ação deu mais um passo importante no processo inclusivo de aprendizagem. O Projeto Libras na Escola, iniciado na EMEB Santo Seno, foi inclusive destaque na TV Globo por levar o ensino para todos os alunos, buscando a inclusão. Neste projeto, a Língua Brasileira de Sinais é ensinada para crianças surdas e ouvintes.

O AEE é realizado em oito unidades escolares do município no contraturno das aulas regulares na EMEB Theodomiro da Silva Melo, EMEB Profº Maurício César Alves Pereira, EMEB Santo Seno, EMEB Dona Luiza Seno de Oliveira, EMEB Valentina Toazza, EMEB Washington Junqueira Franco, EMEB Profº José Sant’Anna e EMEB Jardim Hélio Cazarini. No total, atuam no atendimento 34 professores auxiliares, 2 intérpretes de Libras, 11 professores do AEE e 9 estagiários.

Além dos alunos, a Educação Especial envolve ainda as famílias e tem como principal preparar todos para lidar com as necessidades advindas da deficiência. Para isso, o trabalho vai muito além do aprendizado educacional, contando também com o atendimento da secretaria de Saúde que disponibiliza, sempre que necessário, acompanhamento com profissionais de fonoaudiologia, terapia educacional, psicologia, fisioterapia, entre outros.

“O AEE representa um ganho de dimensão não só educacional como também pessoal, pois o trabalho com os alunos deficientes é humanizado, procurando oferecer caminhos para que as crianças e suas famílias se desenvolvam e superem seus próprios desafios cotidianos, mostrando a verdadeira capacidade intelectual de cada um”, destaca a secretária de Educação, Maristela Meniti.