O Ministério Público em Barretos instaurou um inquérito civil para investigar uma suposta formação de cartel nos postos de combustíveis da cidade. O promotor José Ademir Campos Borges confirmou que uma das primeiras medidas foi oficiar os órgãos que controlam e fiscalizam a venda de combustível.
“Recebemos um ofício do Conselho Administrativo de Defesa Econômica nos expondo sobre quais são as características do cartel e também recebemos informações da Agência Nacional do Petróleo”, disse. O promotor declarou que, até o momento, não é possível apontar se existe a atividade de cartel em Barretos. “Isso exige que tenhamos evidência de um conluio entre esses empresários ao fazerem esse tipo de venda de combustíveis”, afirmou.
José Ademir ressaltou que o próximo passo será procurar maiores elementos para continuar a investigação. “Oficiamos o Procon pedindo para que nos envie todas as reclamações de consumidores sobre essa suposta prática e a partir desses elementos teremos uma posição, no momento é cedo para dizer se haverá um processo sobre isso”, finalizou.
O cartel ocorre quando existe associação entre empresas do mesmo ramo de produção com objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência.
PREÇOS
De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), de 18 a 24 de outubro o preço médio do litro da gasolina ficou em R$ 3,44 e o máximo em R$ 3,49, em Barretos.
O álcool chegou a ter preço nas bombas entre R$ 2,36 e R$ 2,40 o litro.