Quem souber do paradeiro de animais abandonados – cães e gatos – ou mesmo conseguir apanhar um deles, poderá comunicar, ou levar, para sede da autarquia DAEMO Ambiental, no Jardim Centenário. Inclusive, tem uma funcionária somente para atender esse tipo de situação – Maria de Lourdes Betin Ignácio, por sinal, integrante da ONG SOS Animais, conhecida como ‘Lurdinha’. E, também, um veículo próprio para remoção (foto).

O número para populares requisitarem o veículo do DAEMO Ambiental para remoção de animais abandonados é 0800-818-2803 ou (17) 3279-2250.

O prefeito Fernando Cunha concedeu entrevista, dia 27 de dezembro, no Diário ao Vivo, em que fez um balanço de seu primeiro ano de governo. Questionado sobre a causa animal, especialmente recolhimento de cães e gatos abandonados, castrações, canil e ausência de um ‘gatil’, Cunha reconheceu: “O DAEMO cochilou na questão animal, vamos corrigir em 2018”.

Nesta segunda-feira (15), a convite do Diário ao Vivo, estiveram na bancada da Redação o superintendente do DAEMO, Guto Gianotto, e a diretora de Meio Ambiente, engenheira Pollyana Fernandes, respondendo se, de fato, a autarquia ‘cochilou’, enquanto proliferam, na cidade, cães e gatos abandonados, sem uma política eficaz de castração.

“Estou como superintendente há 90 dias, acredito que, se for parar para analisar, 13 meses de trabalho do DAEMO, houve uma substituição de comando recentemente, se fomos fazer um comparativo, a fala do prefeito foi consciente e buscar as ações, com garra e vontade, mas, confirmo, se formos comparar os 10 ou 13 meses, houve, sim um cochilo”, confirmou Guto.

O superintendente respondeu diversos questionamentos, inclusive se a funcionária Lurdinha pertence à uma ONG (o que caracterizaria um privilégio), ele disse desconhecer (o nome da funcionária está na relação da SOS Animais). “O DAEMO não está ligado em nenhuma ONG, estamos seguindo a lei municipal de maus tratos aos animais, mas no ano passado, havia um preâmbulo de licitação para castrar 250 animais, mas era uma meta incipiente, precisamos fazer um estudo para soltarmos mais de 800 animais no decorrer deste ano, devemos iniciar o processo licitatório, no máximo, em fevereiro, dando prioridade para a coleta de animais pelo DAEMO, não pelas ONGs, existe um veículo para isso”, revelou.

“Não temos vinculações com partidos políticos ou com ONGs”, mas, quando questionado se a funcionária está ligada à ONG SOS Animais, Guto desconversou: “Eu desconheço, se houver algum documento comprobatório dessa vinculação, nos envie”.

Sobre o canil, o superintendente do DAEMO reconheceu que está lotado, recolhe em situações “emergenciais e de vulnerabilidade, não adianta só coletar”. Guto disse que o veterinário concursado da Prefeitura, Sérgio Mendes, ‘colabora com o DAEMO na causa animal, tudo é prefeitura’, embora haja questionamentos de que prefeitura não poderia emprestar funcionário para autarquia.

Confira a entrevista na íntegra, inclusive com pontos polêmicos, e a promessa do DAEMO: