O saudoso médico Nilton Roberto Martinez, um dos baluartes da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, falecido há exatos nove meses (21 de abril), foi muito lembrado por autoridades e expectadores da transmissão ‘ao vivo’ do Diário da primeira aplicação da vacina contra a Covid, e também pelo seu filho, vice-prefeito e diretor clínico Fábio Martinez.

Em entrevista exclusiva ao Diário, Fábio disse que “infelizmente, meu pai não teve a oportunidade de presenciar e de comemorar esse grande dia, da primeira vacinação na cidade que tanto amou e trabalhou, estamos felizes e esperançosos, porque, só quem está aqui, vivendo o dia a dia da Covid, sabe da pressão sobre nós, a responsabilidade, do cansaço, e da dedicação de todos nós, médicos e colaboradores do hospital”.

Sobre a vacina do Butantan, investimento total do governo paulista, Fábio Martinez se mostrou otimista: “É uma dose de esperança, se vidas forem salvas, o maior número delas, já valeu o investimento”.

E, confirmou a informação dada pelo prefeito Fernando Cunha, de que a Santa Casa está com 90% de ocupação de seus leitos: “Isso mesmo, com 90%. A doença é muito dinâmica, do dia para a noite o cenário muda, você tem alta, tem óbito, tem alívio, tem cura. Então, o que eu falo hoje, pode ser que mais tarde mude. Ontem, por exemplo, tivemos que intubar dois pacientes, houve alguma melhora, houve piora, enfim, esse é o drama que nós, profissionais da saúde, e também os familiares dos pacientes, vivem com a Covid-19”.

Fábio confirmou que, embora a estatística mostre que a maioria dos casos ativos de Covid, no momento, são desde jovens até pessoas de meia idade, mas as mortes se refletem em maior número nos idosos: “Se for hoje visitar a UTI vai ver que é essa mesma a realidade, são os idosos que sofrem mais com a doença. Os idosos possuem diversas comorbidades, com obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardiorrespiratórias”.