O prefeito Fernando Cunha, de Olímpia, aguarda que, até o final desta tarde (22), o governo do Estado reclassifique a região de Barretos para a fase laranja, ao contrário da última mudança do Plano São Paulo de combate ao novo coronavírus, ocorrida na sexta (19), regredindo a região e, consequentemente, a Estância Turística de Olímpia, para a fase vermelha devido à ocupação de 82,2% de leitos UTI/Covid nos hospitais.

“A resposta deve sair ainda hoje. Até que isso não ocorra, segue como estava até a edição de um novo decreto”, afirma o prefeito em um grupo de conversa. Segundo ele, com apoio do deputado federal Geninho Zuliani (DEM), e em conversação com o secretário regional do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, aguarda-se a liberação de mais dez leitos UTI/Covid para Barretos, sendo cinco leitos para a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, que passará, então, a contar com 15 leitos UTI/Covid e 10 de enfermaria com suporte ventilatório, que já estão funcionando em Barretos.

Segundo nota técnica do Ministério da Saúde, leitos de suporte ventilatório são equipados com ventilador pulmonar, aspirador de secreções, bomba de infusão, monitores, equipamento para ressuscitação e estetoscópio. Eles são usados para internação e para estabilizar pacientes mais graves até que possam ser transferidos para vagas em UTIs.

Na Fase Laranja, permanecem abertos comércio, hotelaria e até os parques aquáticos, dentro das normas correspondentes e protocolos de segurança, já divulgados em recente decreto municipal. Somente será publicado novo decreto oportunamente.

QUANTO CUSTA UM LEITO UTI/COVID

Os leitos de UTI/Covid são caríssimos, tanto em sua infraestrutura, quanto em manutenção e diárias – custo mediano da UTI, segundo dados de uma empresa de gestão em Saúde, é de R$ 2.102. Já a diária em unidade de internação não crítica com paciente Covid-19 foi de R$ 1.426, em recente pesquisa com 27 hospitais.

Esse custo é inferior ao pago pelo SUS. A diária de UTI definida pelo Ministério da Saúde exclusivamente para atendimento aos pacientes com coronavírus é de R$ 1,6 mil por dia.

A metodologia de custeio foi padronizada, a qual se considerou que todos os custos de produção fossem alocados ao custo da diária, incluindo custos diretos e indiretos, ou seja, todos os custos necessários para operação de um leito hospitalar, como custos com equipes médica e enfermagem, materiais, medicamentos, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), serviços de apoio e administrativo, entre outros.

Tudo pago pelo SUS ou através de repasse do Governo do Estado, como é o caso de Olímpia que, sem apoio do governo federal, estendeu por mais três meses o pagamento de, até então, 10 leitos UTI Covid da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, conforme, recementemente, explicou ao Diário o provedor Luiz Alberto Zaccarelli.