DA REDAÇÃO — A epidemia de dengue já afeta 87 das 104 cidades do Departamento Regional de Saúde de Rio Preto (DRS-15), representando 83,6% dos municípios. Segundo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, a classificação de epidemia ocorre quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Texto do Diário / Dados do Diarioweb

Enquanto cidades como Santa Salete e Turmalina registram índices alarmantes, Olímpia permanece fora da lista de municípios em surto. Confira:

Em Olímpia, apenas 1 caso grave

A situação da dengue em Olímpia apresenta 120 casos prováveis em 2025, conforme o Painel de Arboviroses – Dengue da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD), divulgado pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). Desse total, 69 casos foram confirmados, enquanto 51 ainda estão em investigação. Além disso, 295 registros foram descartados.

A taxa de incidência da doença no município é de 124,5 casos para cada 100 mil habitantes, um índice que demanda atenção das autoridades sanitárias e da população para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Entre os casos confirmados, a maioria corresponde a dengue comum (68 registros), enquanto 1 paciente apresentou sinais de alarme, caracterizados por sintomas como dor abdominal intensa e sangramentos. Até o momento, não há registros de dengue grave ou óbitos causados pela doença.

Cidades da região mais endêmicas

Entre os locais mais impactados, Santa Salete, com 1.645 habitantes, soma 126 casos confirmados. Proporcionalmente, se tivesse 100 mil moradores, o número chegaria a 7.631 casos. Em Turmalina, que tem 1,6 mil habitantes, são 107 infectados, com outros 111 em investigação. Apesar de não haver registros recentes de óbitos, em janeiro, uma moradora de 55 anos da cidade morreu em decorrência da doença na Santa Casa de Fernandópolis.

Força Nacional em Rio Preto

Para conter o avanço da dengue, o governo federal enviou a Força Nacional do SUS a São José do Rio Preto. A equipe, composta por 14 profissionais — dois médicos, seis enfermeiros e seis técnicos de enfermagem —, chegou à cidade em dois grupos e reforçou o atendimento na UPA Jaguaré, onde funciona o Centro Municipal de Hidratação.

Fernandópolis avalia uso de drones

Em Fernandópolis, cidade de 71,1 mil habitantes, a situação também preocupa. Com 3.138 casos confirmados — quase metade do total registrado em Rio Preto —, o município já contabiliza três mortes e investiga outros quatro óbitos suspeitos. O secretário municipal de Saúde, José Martins, avalia o uso de drones para vistoriar imóveis fechados e identificar possíveis focos do mosquito, estratégia já adotada pela Prefeitura de Urupês.

A epidemia se agrava, e as autoridades reforçam a necessidade de medidas preventivas, como eliminação de criadouros e atendimento rápido aos pacientes infectados.