O maratonista Antonio Augusto Almeida, de Olímpia, narrou a sua experiência em disputar a 16ª maratona de sua carreira, desta vez nas dunas de Erg Chebbi, no Marrocos, em pleno deserto do Saara, enfrentando, no mesmo dia, como é natural, oscilações de temperatura de 7 a 43 graus centígrados.

Ele esteve nesta quarta-feira (13), na Redação, onde participou do programa Live Diária, às 13h. Confira:
Ele chegou em quinto lugar em sua categoria, em 20º no geral, entre todos os atletas da prova que é internacional, e tem o privilegio de ser um dos poucos no mundo a concluir três maratonas no deserto, consecutivamente. Ele tem medalhas em Atacama, no Chile.

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Augusto pôde sentir na pele as dificuldades de uma das maratonas mais difíceis do mundo, planejada para exigir o máximo do competidor. Uma verdadeira prova de fogo. “A competição é casca dura mesmo, exige demais do corpo e, por isso, os treinamentos são fundamentais. Estou satisfeito pelo resultado e por mais essa superação”, revela o competidor, que destaca ainda as belezas da paisagem do deserto.
“São imagens únicas de um cenário hostil e, ao mesmo tempo, de uma natureza tão vacinadora”, diz. O Saara é um dos maiores desertos do mundo e o mais quente. Registra temperaturas de 50ºC e tempestades de areia com ventos que podem chegar a 100km/h.
Superação
Augusto é idealizador do projeto Eu Sou da Corrida, que incentiva a prática de atividade física como ferramenta de transformação, motivação e superação. Ele compartilha com estudantes sua experiência de vida, suas emoções, desafios e vitórias. Isso porque a vida de Augusto é um exemplo de superação. Há 10 anos, ele estava sedentário e com excesso de peso e já apresentava alguns problemas de saúde. Mas um dia, após passar mal e ir parar no hospital, decidiu virar o jogo. Com garra, passou a fazer atividade física regularmente.

À medida que perdia peso, começou a correr. Cada vez mais determinado e focado, vieram as primeiras provas, sempre se superando e conciliando o atletismo ao trabalho na área de eventos, turismo e entretenimento.

Hoje, com 47 anos, é um atleta com mais de 250 provas no currículo, incluindo 16 maratonas e duas ultramaratonas, e também palestrante do projeto Eu Sou da Corrida, que incentiva a prática da atividade física.
“A corrida pode mudar vidas. Pode transformar vidas! Aconteceu comigo e é o meu exemplo de vida que levo para as palestras. Os benefícios não são apenas para a saúde física. Eles refletem positivamente na vida pessoal, social e também profissional”, afirma. “Para ser maratonista é preciso garra, dedicação, disciplina, força de vontade e planejamento estratégico. São habilidades necessárias para vencer os desafios da vida”, completa.