A ANEEL realizou recentemente, em Brasilia, audiência pública para debater com a sociedade a proposta de revisão da Resolução Normativa 482/2012, referente às regras aplicáveis a geração de energia solar fotovoltaica. A sessão, que durou 8 horas, contou com ampla participação social, totalizando 827 participantes, sendo 157 expositores. Entre eles, parlamentares, representantes de conselhos de consumidores, entidades dos segmentos de geração distribuída e energia solar fotovoltaica, distribuição, geração e comercialização de energia elétrica.

A Estância Turística de Olímpia foi representada pelo engenheiro elétrico Jodemir Batista Garcia (Brasil Energia Renovável, no comando também Antônio Sandrini, de Monte Azul Paulista), uns dos pioneiros em projetos desse segmento na região.

Desde 2012 o brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica. Trata-se da Geração
Distribuída, ou simplesmente GD, tecnologia que permite ao consumidor instalar painéis solares (ou outra solução com fontes renováveis) para gerar sua energia e fornecer o excedente para a rede da distribuidora e usá-lo depois, como “créditos”.

Pela regra atual, quem produz pode usar e injetar a própria energia na rede de distribuição. A resolução também estabelece subsídios para incentivar a micro e minigeração, como a isenção do pagamento de tarifas pelo uso da rede elétrica e encargos cobrados na conta de luz e é esse uso externo que a ANEEL pretende taxar ou seja, a sobra.

O engenheiro Jodemir Garcia esclarece: “Fique claro que a proposta da ANEEL é para a possível taxação da energia que sobre na rede (utilização do fio da distribuidora) e não na
própria carga, tendo em vista que no momento que se gera energia através do fonte solar, a prioridade sempre será a própria carga e posteriormente envia para a rede, se houver excedente. Voltei bem animado dessa Audiência. Na minha opinião haverá postergação dessa decisão. Os Parlamentares que estiveram presentes, como por exemplo o Senador Major Olímpio – PSL, defende a abrangência da audiência pública em todo território nacional. Se houver mudanças na regras, não sofrerá tantas consequências como noticiam nas redes sociais. A diferença será no retorno financeiro do investimento que antes se dava numa média de 3-5 anos, após a promulgação se dará em torno de 4-6 anos. E os clientes que já aderiram a essa tecnologia deverão permanecer na regra vigente sem data limite, na minha opinião.”

Jodemir disse, ainda, que “o governo acredita tanto na energia solar fotovoltaica que está
colocando a tecnologia praticamente em todos os órgão públicos”. Ele aproveitou para visitar o Ministério da Defesa e ver uma dessas obras.

Esse assunto demanda várias questões que Jodemir Garcia está propício a esclarecer dúvidas para as pessoas que assim desejarem a lhe procurar. Disse que está a disposição para esclarecimentos pois está em constante contato com as principais lideranças do segmento. “A energia solar fotovoltaica sempre foi e sempre será um bom negócio, pois é uma energia limpa e sustentável”, conclui o engenheiro olimpiense Jodemir.

USINAS DE ENERGIA FOTOVOLTAICA

A Brasil Energia Renovável tem instalado diversos sistemas fotovoltaicos em Olímpia e Região. O Diário de Olímpia visitou a primeira usina fotovoltaica de Olímpia, de 59.400 W, com 180 módulos de 330W cada, com capacidade de geração de 86.184 kWh, e com economia anual estimada de R$ 56 mil. Um retorno de três anos e meio.

E, também,  da Padaria Flor de Trigo, na zona rural, demonstrando que é possível o aproveitamento de espaços ociosos, mesmo longe da cidade, para a geração de energia. Desta feita, um sistema de 33 mil kWh, com 100 módulos também de 330 W cada, gerando por ano 54 mil kWh, economia anual de R$ 35 mil, e um retorno de quatro anos para o cliente.