A Semana Constitucionalista Benedicto José Pereira (Mindu) iniciou-se neste domingo (3) com missa em Ação de Graças pelo Movimento Constitucionalista de 1932, na Igreja-Matriz de São José, com celebração pelo pároco Ivanaldo Mendonça.

Desde então, Olímpia comemora, anualmente, essa importante data histórica através da Sociedade Veteranos de 32 – MMDC – Núcleo Luiz Salata Neto, presidido pelo engenheiro, vereador Luiz Antonio Moreira Salata.

Há exatos 90 anos, insatisfeita com o governo de Getúlio Vargas, a população paulista organizou manifestação no centro da cidade de São Paulo, exigindo democracia, eleições e uma nova Constituição. Durante o protesto, 15 jovens foram feridos, sendo quatro de forma fatal (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) e um seriamente ferido, que faleceu em agosto daquele ano (Alvarenga). Daí vem a famosa sigla MMDC-32.

A Revolução Constitucionalista foi um movimento armado iniciado em 9 de julho de 1932, liderado pelo estado de São Paulo, que defendia uma nova Constituição para o Brasil e atacava o autoritarismo do Governo Provisório de Getúlio Vargas. Durante quase quatro meses, os paulistas entraram em confronto com tropas fiéis a Vargas e, isolados, foram derrotados. O levante não foi em vão, pois, em 1934, era promulgada a nova Constituição brasileira.

Os conflitos aconteceram principalmente na região do Vale do Paraíba, nas divisas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, principalmente na divisa paulista e mineira.

Na programação, o ponto alto, feriado estadual de 9 de julho, próximo sábado, será na Praça Heróis Olimpienses de 32, Jardim Santa Ifigênia, com transmissão pelas redes sociais. Por causa da pandemia do novo coronavírus, em 2020 não houve essa cerimônia e, no ano passado, ocorreu de forma remota. Agora, retorna presencial.

A homenagem póstuma, em reverência à memória dos heróis falecidos, é realizada em três etapas: a ‘chamada’ dos ex-combatentes (homens e mulheres de Olímpia que participaram), feita pelo presidente da Sociedade Veteranos, Luiz Salata; a execução da Marcha do Silêncio, e, finalmente, a deposição de flores no Obelisco da Praça Heróis Olimpienses de 32, por parentes dos ex-combatentes e autoridades.