DA REDAÇÃO – Na noite desta terça-feira (4), o novo Museu de História e Folclore, anexo ao Recinto do Folclore, foi palco do lançamento do cartaz e da programação do 60º Festival Nacional do Folclore de Olímpia (FEFOL). Autoridades, alunos, convidados e imprensa, reuniram-se para dar início às comemorações do Jubileu de Diamante do Festival.

O evento começou ao som da música “Olímpia Cidade Moça” e com uma declamação poética de Pedro, que deu as boas-vindas ao público. Em seguida, o mestre de cerimônias destacou a importância do festival, que acontecerá de 3 a 11 de agosto de 2024, e seu papel na celebração da cultura popular brasileira.

O Diário retransmitiu ‘ao vivo’ no Facebook e YouTube (assista na íntegra):

Entre as autoridades presentes, destacaram-se o Prefeito de Olímpia, Fernando Augusto Cunha; o presidente da Câmara, Sargento Barrera; a professora Maria Aparecida de Araújo Manzoli (Cidinha), partícipe da criação do Festival ao lado do saudoso criador, professor José Sant’anna;  a secretária municipal de Turismo e Cultura e Presidente da Comissão Executiva do 60º FEFOL, Raquel Crepaldi; e a secretária municipal de Educação, Maria Cláudia Padilha.

Este ano, o FEFOL contará com a participação de cerca de 60 grupos folclóricos e parafolclóricos de todas as regiões do Brasil, destacando a diversidade e riqueza cultural do país.

Os alunos da EMEB Professora Zenaide Rugai Fonseca fizeram uma apresentação especial da dança Carimbó, típica do Pará, demonstrando o trabalho realizado nas escolas municipais para preservar e promover o folclore. Outro destaque da noite foi a exibição do teaser do documentário “Festival do Folclore de Olímpia – 60 anos”, produzido com apoio da Lei Paulo Gustavo de incentivo cultural.

Os discursos

O primeiro a discursar foi o presidente da Câmara Municipal, sargento Renato Barrera Sobrinho, em nome dos demais companheiros de legislativo.

Na sequência, foi a vez da professora Maria Aparecida de Araújo Manzoli, que acompanhou a saga do criador do Fefol, saudoso professor José Sant’anna, primeiro dentro das salas de aula, depois apresentações na praça e, finalmente, no Recinto de Folclore criado pelo então prefeito Wilson Zangirolami.

A secretária de Educação Maria Cláudia Padilha prosseguiu as falas na cerimônia, destacando o papel das escolas e, consequentemente, dos alunos, frente ao 60º Festival de Folclore de Olimpia em 2024.

Por sua vez, a secretária de Turismo e Cultura de Olímpia, Raquel Crepaldi, também falou sobre a importância do Festival de Folclore 2024 que, segundo ela, desde o ano passado ele vem sendo preparado.

Prefeito emociona-se na cerimônia

Em seu discurso, o prefeito Fernando Cunha fez questão de agradecer a todos os envolvidos na organização do festival, destacando o trabalho incansável de sua equipe e o apoio da comunidade. “Quero fazer um agradecimento especial à Dona Cidinha Manzoli pelo esforço dela de vir aqui pessoalmente, pelo que ela significa como uma história viva do nosso folclore”, destacou.

Ele relembrou “os desafios enfrentados ao longo da gestão para revitalizar o Recinto do Folclore e promover o festival”. Em diversos momentos, Cunha interrompeu seu discurso, visivelmente emocionado ao relembrar as dificuldades superadas. “Confesso a vocês, não vou fazer críticas a quem veio antes de mim, porque eu até elogio o Wilson Zangerolami que, há 40 anos, construiu este Recinto. Ele também era um visionário, todos contribuíram. Mas, sinceramente, quando eu cheguei, eu achei que os Festivais estavam um tanto esquecidos, relegados ao segundo plano. E eu me agarrei com a minha equipe para reconstruir a grandeza do nosso festival”, declarou.

Cunha destacou as melhorias implementadas durante sua administração, como a qualificação da presença dos grupos folclóricos e a reestruturação da infraestrutura do recinto. Hoje nós temos um orçamento que é quatro vezes o orçamento que a gente tinha quando começamos. Fizemos aquele palco com os camarins, as moças trocavam de roupa ali atrás. Fizemos camarins separados. Transferimos o Museu de História e Folclore. Aqui é para manifestações folclóricas, então por isso trazer o museu pra cá e dar vida todos os dias para o nosso Recinto do Folclore”, afirmou.

O prefeito ainda mencionou a recente aprovação para enquadrar o festival na Lei Rouanet, permitindo a captação de recursos para a construção de um novo museu. “Conseguimos construir essa beleza aqui e agora tivemos aprovação no final de dezembro da ministra Margareth, da Cultura, para enquadrar o nosso festival na Lei Rouanet. Estamos fazendo a captação para fazer um super museu aqui dentro. Está em licitação, nós teremos preservada a casa da Caipira, teremos um grande restaurante temático, um restaurante onde queremos preservar nossa cultura”, explicou Cunha.

Ao encerrar seu discurso, Fernando Cunha ressaltou a importância do festival para a formação cultural das crianças e a perpetuação do folclore na cidade. “A essência do festival são vocês que têm preservado e construído todos os anos. A nossa Secretaria da Educação é um exemplo, onde a Fundação Roberto Marinho viu o método pedagógico de colocar o folclore dentro da sala de aula. E isso é uma riqueza que ninguém tem no Brasil”, concluiu.

O 60º Festival de Folclore

O 60º Festival Nacional do Folclore de Olímpia promete ser uma celebração grandiosa, refletindo o esforço e a dedicação de toda a comunidade para manter viva a tradição folclórica brasileira.

O ponto alto da noite foi a revelação do cartaz oficial do 60º FEFOL, inspirado na obra “Olímpia: Recortes do Folclore” do artista Romeu Tamelini. O cartaz, que inclui símbolos e personagens da cultura brasileira, celebra a cidade de Olímpia como o solo sagrado do folclore.

Para encerrar o evento, o Grupo Olimpiense de Danças Parafolclóricas “Cidade Menina Moça” (GODAP) apresentou a dança Chimarrita, destacando a tradição e a história do festival. Os presentes foram convidados a visitar uma exposição dos cartazes que marcam os 60 anos do FEFOL, proporcionando uma viagem pelo tempo e pela história do evento.

Com grande entusiasmo, a cidade de Olímpia se prepara para receber o público de 3 a 11 de agosto, transformando-se novamente no centro da cultura popular brasileira. O 60º Festival Nacional do Folclore promete ser uma celebração memorável, reforçando o compromisso com a preservação e a promoção das tradições culturais do Brasil. Fotos Fábio Cross e vídeos Leonardo Concon