Por Dr. Gilvan Barbosa Gama — As pessoas com mais experiência de vida sabem muito bem quando uma tempestade se avizinha ou quando está prestes a acontecer.O primeiro aviso dado pela natureza são trovões fracos quase inaudíveis ao longe.Aos poucos o vento sopra com mais força e os trovões se aproximam com o volume aumentado mostrando que a tempestade se fez acontecer.
Fato análogo acontece todos os anos pela época do verão em relação as tempestades de febres ressurgentes e até emergentes,quando estas dão o aviso prévio que estão de volta uma vez mais como de hábito no verão.
Tais febres, podemos compara-las aos raios que acompanham a tempestade e que infelizmente embora previstos, a eles não é dada a devida atenção sanitária.A vacina e a prevenção são os para-raios para que vidas não sejam ameaçadas, mas como de costume prevalece a negligência por parte de quem se faz responsável em tê-las sob controle.
A próxima tempestade sanitária trará uma nuvem densa e pesada onde um raio de nome Mayaro poderá acontecer e que os órgãos sanitários, não sei se por medo ou negligência, ainda não vieram de público alertar à população para essa possível virose que também é transmitida pelo Aedes Egypti,pelo mosquito Hemagogus e também pelo pernilongo Culex(pernilongo comum).
Esta infecção causa uma doença auto-limitada que dura até 5 dias. Se parece com a Dengue em decorrência de artralgia de longa duração(dor nas articulações), mas trata-se de um arbovírus.
Já houve um surto no Brasil em 1954 na cidade de Belém do Para,e que foi controlado.Não está afastada a possibilidade de vir a se repetir em território nacional no verão de 2017.
Seus principais sintomas são:
- Febre intermitente
- Calafrios
- Mialgia (dor nos músculos)
- Dor nas articulações
- Cefaleia (dor de cabeça)
- Tontura
- Dor epigástrica (dor na boca do estômago)
- Náuseas
- Fotofobia (sensibilidade à claridade)
- Dor nas costas
- Íngua
- Erupções na pele
- Êmese (vômito)
* Dr. Gilvan Barbosa Gama é Biólogo e Apiterapeuta Holístico, de Piúma-ES