Uma campanha de arrecadação de fundos para fazer o traslado dos restos mortais de um dos eletricistas encontrado dentro do Rio Cachoeirinha, Janielson Daniel Adelino, para a sua terra natal, área rural de Itaporanga (PB), foi aberta em Olímpia. A mãe de Janielson, Luciana Daniel, sem condições de bancar o elevado custo desse traslado, relata a dor de não conseguir enterrar os restos mortais e dar adeus ao filho. Daí, outra mãe, a do então colega de Janielson, entrou em ação. Se preferir veja e ouça essa reportagem:

Maria José Lopes Rodrigues, conhecida como Zezé, mãe do eletricista Rodrigo Alonso Lopes, também encontrado ao lado de Janielson, sete anos após o seu desaparecimento, isto é, desaparecidos em 2014 e o veículo em que ambos estavam encontrados em 2021 por um pescador no Rio Cachoeirinha, se comoveu com a dor da outra mãe e se ofereceu para enterrar Janielson em Olímpia, mas o desejo do reencontro, mesmo que dos restos mortais, falou mais alto.

Daí, Zezé abriu uma conta PIX para arrecadar fundos, totalizando os R$ 5 mil solicitados pela Funerária de Olímpia, em que entrou em ação também o empresário José Miguel Daud, reduzindo, e muito, valores pesquisados pela mãe de Janielson, Luciana Daniel, que orçou em R$ 6,5 mil, segundo ela.

Para quem quiser colaborar, com qualquer quantia, ajudando a mãe que perdeu tragicamente o seu filho nas águas do Rio Cachoeirinha, dentro de um veículo trancado, o pix é um número de celular: 5517996506531, em nome de Maria José Lopes Rodrigues, Caixa Econômica Federal.

Zezé fará a arrecadação e prestará contas assim que concluir essa triste missão de trasladar o corpo do colega de seu filho para a mãe no interior rural da Paraíba.

RELEMBRE O CASO

Janielson Daniel Adelino, que na época tinha 18 anos, foi achado sem vida só com as ossadas dentro de um carro no rio Cachoeirinha. Ele estava desaparecido desde 2014, um ano depois de ter ido morar no estado paulista a trabalho. A família ficou até então sem nenhuma notícia do paradeiro dele.

Os amigos e colegas de trabalho encontrados dentro do carro, no Rio Cachoeirinha

A identificação foi feita pelo Instituto Criminalista após a realização de exames de DNA. De acordo com a Polícia Civil, as ossadas foram encontradas em 2021 depois que o nível da água baixou, por causa da estiagem, e revelou o carro. O rapaz, que era eletricista, estava com outro homem no veículo. A causa da morte dos dois não foi divulgada.

A família recebeu a ligação, em que foi informada sobre a morte do rapaz. Tomada pela dor de perder o filho, Luciana tentou transferência dos restos mortais para o município itaporanguense, no entanto, a funerária esclareceu que o valor do translado seria de R$ 6.500.

Sem condições, a mulher resolveu fazer um apelo nas redes sociais para conseguir sepultar o jovem e poder dar o último adeus. “A dor é muito grande de perder um filho, ainda mais com essa situação. Gostaria de me despedir dele pela última vez”, disse. Ela chegou a disponibilizar a sua conta bancária para as pessoas que se sentirem comovidas com a situação.

Zezé fará o velório e enterro de seu filho nesta sexta-feira (6), às 17h.