Um dia após a entrada em funcionamento do Centro de Hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, o Diário foi conferir o tratamento que, no total, 32 pacientes de Olímpia, todos exclusivamente, por enquanto, do Sistema Único de Saúde (SUS), estão recebendo e, de fato, comprova-se o que foi divulgado: é um centro de excelência no tratamento de pacientes que precisam da hemodiálise para a sua qualidade de vida. Confira a reportagem em vídeo (4k):
Cada um realiza três sessões semanais de quatro horas cada – 12 horas que, segundo o nefrologista Bruno Vieira, especialista de Barretos que já vinha atendendo no hospital local, “representam apenas metade de um dia de toda uma semana com saúde”.
O provedor Luiz Alberto Zaccarelli acompanhou a reportagem do Diário, explicando o funcionamento do Centro de Hemodiálise “Sílvia e Luiz Cesar Zucca”, inaugurado no dia 5 de agosto e, vencidos os trâmites legais, entrou em operação nesta segunda-feira (5), exatamente um mês após.
“Mais do que uma vitória para a Santa Casa, que passa a contar com mais esse serviço de excelência, de primeiro mundo, com equipamentos novos e de última geração, com equipe multidisciplinar e médicos nefrologistas de Barretos que já atendiam aqui na crise da Covid-19, é uma vitória dos pacientes que não precisam mais se deslocar para Bebedouro, Rio Preto, Barretos e Ribeirão Preto, para realizar o exaustivo tratamento”, comemora o provedor.
Como já divulgado pelo Diário, neste primeiro momento, o Centro conta com recursos da Prefeitura, repassados de acordo com a tabela SUS por sessão, até o credenciamento oficial pelo SUS para recebimento dos repasses do Governo Federal e do Estado. Os investimentos para as instalações físicas foram de cerca de R$ 2 milhões, do poder público e da iniciativa privada, por meio do projeto Thermas Social, e doação da Família Zucca.
As instalações atendem todos os requisitos e normas específicas exigidas pelos órgãos competentes e necessárias ao atendimento seguro e de qualidade aos pacientes. A estação de tratamento de osmose reversa é o coração do Centro de Hemodiálise. O processo de hemodiálise é feito para pacientes que tem problemas de funcionamento dos rins.
A máquina basicamente faz a filtragem do sangue que deveria ser feita por esse órgão. Uma das partes do processo envolve a passagem do sangue por uma máquina com água. A água utilizada para hemodiálise precisa ser extremamente purificada.
Resíduos de elementos como alumínio, fluoreto, cobre e zinco, comumente deixados pelo tratamento tradicional da água, podem gerar muitos efeitos colaterais nos pacientes renais.
O nefrologista Bruno Vieira explicou como é feito o procedimento da diálise nos pacientes, iniciando com o ‘peso seco’ do paciente, em uma balança especial e, após quatro horas, o paciente é levado novamente para pesagem: cerca de 4 a 5 quilos são devolvidos ao ‘peso seco’ do paciente.
O peso seco é o peso ideal, com o qual o paciente deve estar sentindo-se bem, sem inchaços, com pressão arterial normal, com exames de avaliação do pulmão e do coração normais. Este peso deve ser atingido ao término de cada sessão de hemodiálise.
Quer saber mais? Confira a reportagem em vídeo, com imagens, explicações e entrevistas, feitas com exclusividade pelo Diário: