Diario da Região – O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB) com aval de prefeitos da região prepara documento que será apresentado ao governador João Doria (PSDB) na segunda-feira, 18, com proposta de flexibilização de setores da economia. Por Rodrigo Lima

Na lista estão serviços de academia, revenda de veículos, shoppings, restaurantes entre outros fechados devido à pandemia do coronavírus. Essa retomada, no entanto, só ocorreria após o dia 31, quando termina o período de quarentena definido pelo tucano.

Representantes da Associação dos Municípios da Araraquarense (AMA) afirmam que há espaço para a liberação do funcionamento de algumas atividades diante da estrutura de leitos clínicos e de UTIs supervisionados pela Direção Regional de Saúde (DRS-15).

Edinho afirmou que até o final do mês, no entanto, os pré-requisitos que antecedem a colocação em prática do chamado dia “D”, devem ser atendidos ao menos em parte.

O governo do Estado exige que os municípios tenham média de isolamento social de 55%, queda no número de casos por 14 dias consecutivos, além da ocupação dos leitos de UTI inferior a 60%.

Participaram do encontro do Edinho os prefeitos Flávio Prandi (Jales), Marta Maria Lopes (Catanduva), André Pessuto (Fernandópolis), André Vieira (Mirassol), Fernando Cunha (Olímpia), Ademir Maschio (Santa Fé do Sul) e João Dado (Votuporanga).

O grupo de posicionou a favor da flexibilização. “Também quero a flexibilização”, disse Edinho ao enfatizar que é necessário atender ou se aproximar das regras estabelecidas pelo governo do Estado para colocar em prática o plano regional de abertura da economia. Ele afirma ser necessário aumento o isolamento social em Rio Preto que estagnou nos 39% nos últimos dias. “Cada um tem de fazer a sua parte”, disse.

O deputado federal Geninho Zuliani (DEM) também participou e engrossou a posição defendida pelos prefeitos.

Eles reclamaram, principalmente, da pressão feita por comerciais e empresários que cobram a reabertura de serviços — com medidas de seguranças, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social —, que não estão na lista de serviços tidos essenciais.

Edinho delegou ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Luís de Souza, a elaboração do documento que será apresentado ao governador. Souza representa a Associação Comercial e Empresarial de Rio Preto (Acirp), que também quer a flexibilização.

“O que estamos vendo é o presidente tomando decisão, o governo (estadual) tomando outra e quem paga o pato são os municípios. São os prefeitos que estão na linha de frente e recebem pressão dos comerciantes”, afirmou o presidente da AMA, Flávio Prandi, prefeito de Jales.

A prefeita de Catanduva, Marta do Espírito Santo Lopes, disse que os diferentes discursos adotados pelos governos federal e estadual geram “insegurança” para tomada de decisão. “O melhor caminho é a união e fazermos a flexibilização da região. para termos conforto econômico e na Saúde.”

Para o prefeito de Fernandópolis, André Pessuto (DEM), disse que é hora de “partir para o enfrentamento” contra a Covid-19. Ele disse que 90% da população aderiu ao uso da máscara.

O prefeito de Votuporanga, João Dado (SD), deu como sugestão aumentar os índices de isolamento, o monitoramento de idosos e o uso de medicamentos.

(Colaborou Ozair Júnior)