DA REDAÇÃO — Severínia, na Comarca de Olímpia, enfrenta uma reviravolta política com a renúncia da prefeita Gláucia Emília Scatolin (PSD) nesta quinta-feira (10). Após perder a reeleição para o vice Guilherme Secchieri (União), que a derrotou nas urnas no dia 6 passado, Gláucia decidiu deixar o cargo alegando “motivos de cunho pessoal”, em carta-renúncia enviada ao presidente da Câmara Municipal, Éderson José da Costa, conhecido como Eder da Farmácia, que agora assume interinamente a administração do município, já que Guilherme também renunciou.
A renúncia de Gláucia vem após a eleição disputada de 2024, onde ela obteve 43,45% dos votos válidos, somando 4.046 votos, mas foi derrotada por Guilherme Secchieri (UNIÃO), que conquistou 56,55% dos votos, com um total de 5.266 votos.
Em um cenário que já demonstrava instabilidade, Guilherme, eleito para os próximos quatro anos, também renunciou ao cargo antes de tomar posse, alegando razões pessoais também. Observadores analisam que, se aceitasse a condução do Executivo, isso poderia prejudicá-lo em sua carreira e possíveis tentativas de reeleição.
Com a saída de ambos, Guilherme e Gláucia, o município passa por uma crise de lideranças e busca se reorganizar administrativamente. Eder da Farmácia, agora prefeito interino, deve enfrentar o desafio de estabilizar a gestão e retomar a confiança da população de Severínia.
Nas eleições, Severínia registrou 9.824 votos, incluindo 200 votos brancos e 312 nulos, além de uma abstenção de quase 15%, evidenciando um certo descontentamento entre os eleitores. O vice ganhou da titular nas urnas (foto).
Gláucia, que havia sido derrotada por Guilherme em uma disputa acirrada, deixa o cargo após um curto período, gerando especulações sobre os reais motivos da renúncia e o impacto na política local.
Gláucia repete o que fez o então prefeito derrotado nas urnas em Olímpia, Luiz Fernando Carneiro, que renunciou antes de constituir um governo de transição e passar a faixa para Geninho Zuliani, que o derrotou nas urnas em 2008.