Em meio às medidas para conter o avanço da Covid-19, pandemia que “pausou” o mundo e cuja extensão e desdobramentos sanitários e econômicos ainda são incertos, o turismo está entre os setores mais impactados.

Com nove feriados nacionais no horizonte, sendo seis prolongados, cenário ideal para as viagens entre destinos domésticos, havia uma expectativa muito positiva para 2020. Agora, com a realidade difícil e desafiadora no presente – com hotéis, parques e serviços fechados -, todo o setor está repensando suas estratégias para o momento de retomada.

E um dos destinos no estado de São Paulo hoje com o maior potencial de atrair os turistas neste cenário, pensando já no curto prazo, é Olímpia, cidade paulista de 54 mil habitantes que recebeu só no ano passado 3 milhões de visitantes, mais de 90% vindos da capital e região metropolitana.

Conhecida nacionalmente pelos parques de águas quentes, Olímpia tem apresentado, nos últimos anos, uma expansão muito acelerada de sua rede hoteleira e de diversificação das opções de lazer e entretenimento para reter os turistas.

É o único destino no Estado com pelo menos três grandes atrações consolidadas – Thermas dos Laranjais, Hot Beach e Vale dos Dinossauros – e que ganhará o reforço de mais duas neste ano – o Museu de Cera e o Bar de Gelo.

A cidade possui 26 mil leitos e, com os projetos já em desenvolvimento, deve atingir em poucos anos mais de 35 mil leitos e 6 milhões de visitantes, segundo as estimativas da Prefeitura. Só o que recebe hoje representa mais de 10% de todas as pessoas que circulam a passeio pelo Estado. O turismo já corresponde a 70% do PIB do município.

POR QUE OLÍMPIA?

Quais diferenciais Olímpia tem para ser o motor do turismo paulista neste “mundo pós-coronavírus”? Cabe tamanho otimismo?

Para o empresário Rafael Almeida, CEO do Grupo Natos, responsável pela incorporação e desenvolvimento dos maiores empreendimentos hoteleiros na cidade, como o Enjoy Olímpia Park Resort e o Solar das Águas Park Resort, a resposta é sim, e lista cinco motivos:

1 – Localização. Olímpia está situada no centro-norte do Estado, região com uma enorme população no raio de 450 quilômetros, o que facilita as viagens de carro, meio mais barato de viajar – algo que será considerado pelas famílias, que estarão com os orçamentos apertados;

2 – Rede Hoteleira. A vasta rede hoteleira permite à cidade se adequar a todos os bolsos. “Além disso, há resorts com apartamentos no padrão americano, com capacidade para abrigar até sete pessoas, o que ajuda a otimizar custos e certamente será um forte impulsionador”, diz Almeida;

3 – Restaurantes. A chegada de grandes redes de restaurantes, como Burger King e Rock & Ribs, entre outras, também amplia as opções de alimentação aos turistas para além do que os pacotes dos hotéis já oferecem;

4 – Promoções. Outro ponto destacado pelo empresário é a sinergia entre hotéis e parques na oferta de descontos – prática que já existia, deverá ser ainda mais agressiva com a reabertura da cidade para o turismo, reduzindo ainda mais o custo do passeio;

5 – Segurança nos Parques. O fato de os parques serem espaços abertos e, no caso dos aquáticos, submetidos a um rigoroso e diário tratamento da água, somada à falta de evidências de que o vírus sobreviva ao cloro das piscinas, concorre para a ideia de que Olímpia oferecerá um ambiente mais seguro e, portanto, mais atraente para o turista no momento em que ele for definir o destino de sua próxima viagem.

“Aqueles que souberem usar esse período para redirecionar suas estratégias para Olímpia, investindo em publicidade e em comunicação, associando-se a projetos em andamento ou introduzindo novas ideias farão excelente negócio. A hora de pensar nisso é agora”, diz o empresário.