Nesta quarta feira (21) a Justiça Eleitoral de Olímpia iniciou a geração de mídias e preparação das urnas que serão utilizadas nas eleições deste ano. O cartório eleitoral da 80ª Zona Eleitoral, que compreende Olímpia e cidades da comarca – Severínia, Guaraci, Altair e também os distritos de Baguaçu e Ribeiro dos Santos, através do Chefe Ailton Issagawa, conduziu os trabalhos através de cerimônia pública presidida pelo juiz eleitoral Luiz Eduardo de Abreu Costa, em que esteve presente o promotor eleitoral Rodrigo Pereira dos Reis. A única representante de partido presente foi a advogada Mônica Nogueira, do PT.

O Diário de Olímpia acompanhou cada passo da cerimônia. Confira a reportagem em vídeo:

Segundo explicou o chefe do Cartório, Ailton, a cerimônia de geração de mídias consiste em preparar as mídias com os dados que serão inseridos nas urnas eletrônicas. Como as urnas não possuem nenhum tipo de conexão de rede (internet, wi-fibluetooth), os dados e sistemas devem ser gravados em mídias para posterior carga nas urnas, contendo: partidos políticos, federações, coligações, público votante, seções eleitorais, pessoas candidatas, sistemas utilizados nas urnas para auditoria, votação, apuração, justificativa de voto, entre outros.

Juiz Eleitoral Luiz Eduardo de Abreu Costa e promotor eleitoral Rodrigo Pereira dos Reis

Na cerimônia, foram carregadas as mídias das urnas das seções eleitorais que ficam nas escolas estaduais Reis Neves e Maria Ubaldina de Barros Furquim. Até esta quinta (22), provavelmente, segundo o chefe do Cartório, as 213 urnas da Zona Eleitoral estarão carregadas.

Neste evento também são realizadas a demonstração de votação e a verificação de autenticidade acionada pelos aplicativos VPP (Verificador Pré/Pós-Eleição) e AVPART (Programa de Verificação de Autenticidade dos Programas da Urna).

Depois da geração de mídias, começará o lacre das urnas eletrônicas. O procedimento consistirá na inserção dos dados da mídia de votação em cada urna para a preparação do primeiro turno e também na realização de testes em todos os componentes do equipamento. Em Olímpia, provavelmente na sexta-feira (23), haverá o teste de votação, com a presença, novamente, do juiz e promotor eleitoral e representantes de partidos e da imprensa.

Para entender melhor essa ‘carga’ nas urnas eleitorais. São 4 mídias que abastecem as urnas:

  1. a mídia de carga que contém todo o software (programas) da urnas e demais aplicativos da eleição, assim como os dados eleitorais como partidos políticos, federações e coligações; eleitoras e eleitores; seções eleitorais; candidatas e candidatos (números e nomes;
  2. a mídia de votação que grava todas as operações realizadas, principalmente a votação, e leva as fotos das candidaturas;
  3. a mídia de votação de contingência que é usada na urna que substitui outra que tenha apresentado defeito;
  4. a mídia de resultado que é utilizada na apuração do resultado daquela urna.

TESTE DE INTEGRIDADE NA VÉSPERA DAS ELEIÇÕES

Conforme o chefe Aílton explicou, haverá ainda o teste de integridade, que é uma auditoria realizada em todas as eleições no Brasil pela Justiça Eleitoral para comprovar o funcionamento e a segurança das urnas eletrônicas. O procedimento consiste no batimento entre a totalização dos votos feitos em cédulas de papel com os votos digitados nas urnas eletrônicas.

O processo tem início na véspera das eleições, quando a Justiça Eleitoral, em cerimônia pública, recebe a indicação de 33 urnas eleitorais escolhidas por representantes dos partidos políticos e de entidades fiscalizadoras que serão submetidas à auditoria.

Essas urnas escolhidas são retiradas de seus municípios de origem, substituídas por novos equipamentos, e instaladas em local monitorado, com circulação expressiva de pessoas, indicado pelo Tribunal Regional Eleitoral.

Nesta eleição, o local será a Sala Tarsila do Amaral, no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000 – São Paulo – SP).

Partidos políticos e entidades fiscalizadoras também preenchem cédulas em papel, com candidatos reais, que serão colocadas em urnas de lona.

No domingo das eleições, antes do início da votação, cada uma das 33 urnas escolhidas expede um relatório chamado “zerézima” para comprovar que não há nenhum voto computado nos equipamentos.

Em seguida e durante o decorrer do dia, ao mesmo tempo em que ocorre a votação oficial no Brasil, servidores do Poder Judiciário e do Ministério Público recebem os votos das cédulas de papel e digitam nas 33 urnas eletrônicas.

Tanto o ambiente, como os números digitados no teclado das urnas são filmados.

Ao final da votação, às 17h, é impresso um Boletim de Urna (BU) com os votos computados em cada equipamento e um boletim expedido pelo sistema que contém os votos das cédulas de papel.

O objetivo é comprovar a coincidência entre os resultados dos votos efetuados em cédulas de papel e os votos digitados nas urnas eletrônicas.