Olímpia e, consequentemente, a região de Barretos, passam a partir de segunda-feira (25), para a fase vermelha, a mais dura do combate ao novo coronavírus no Estado de São Paulo. O prefeito Fernando Cunha, de Olímpia, deverá editar o novo decreto municipal ainda nesta sexta.
A piora nos números da Covid-19 em São Paulo levou o governo do Estado a anunciar, nesta sexta-feira (22), um endurecimento da quarentena, com o adiamento da volta às aulas, o cancelamento das cirurgias eletivas no estado e a reabertura de um hospital de campanha na capital. O Diário de Olímpia retransmitiu a coletiva de imprensa.
Nenhuma cidade está mais na fase amarela, que compreendia a maior parte do estado no começo deste mês.
Sete regiões —Franca, Barretos, Presidente Prudente, Marília, Bauru, Sorocaba e Taubaté— foram para a fase vermelha, a mais rígida do Plano. As demais, inclusive a região da Grande São Paulo, estão na fase laranja.
A fase vermelha, porém, estará em vigor em todo o estado à noite (das 20h às 6h) em todos os dias da semana e 24h aos fins de semana e feriados das próximas duas semanas (25, 30 e 31/1; 6 e 7/2). Logo, apenas atividades essenciais poderão funcionar nesses períodos.
As medidas serão publicadas em Diário Oficial neste sábado (23) e entrarão em vigor a partir de segunda-feira (25) até o dia 7 de fevereiro.
Com a reclassificação, 78% da população do estado está em regiões na fase laranja, enquanto 22%, na fase vermelha.
“Essas são as medidas necessárias para reforçar o sistema de saúde e garantir o atendimento a todos”, afirmou o governador João Doria (PSDB).
Marcada anteriormente para 1º de fevereiro, a volta às aulas foi adiada para o dia 8 e a presença dos alunos não será mais obrigatória durante as fases vermelha e laranja do Plano. A medida vale apenas para a rede pública do Estado.
O secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn, também anunciou que todas as cirurgias eletivas, salvo as de pacientes que correm risco de morrer, estão canceladas nos hospitais públicos e conveniados.
O coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19 no estado, João Gabbardo, ressaltou a importância do endurecimento da quarentena.
“Entendemos a dificuldade dos setores que terão, mais uma vez, interrupção nas suas atividades, mas é uma escolha. Vamos reduzir o número de óbitos, salvar vidas, ou vamos deixar seleção natural? Deixar que a natureza escolha quem deve continuar e quem não deve?”, questionou.
Paulo Menezes, coordenador do Centro, disse que os índices de casos e internações são semelhantes ao primeiro pico da doença. São Paulo já registrou 1.679.759 diagnósticos e 51.192 vítimas da Covid-19.
As fases do Plano São Paulo
O Plano São Paulo foi formulado em maio de 2020 como a base para a reabertura da economia no estado. O plano dividiu o estado em sub-regiões e estabeleceu a gradação por cores, que vão da vermelha, a mais rígida, até a azul, a mais flexível.
Veja o que muda nas regiões que foram reclassificadas:
O que muda:
Shoppings centers e galerias
Fase vermelha: Devem permanecer fechados.
Comércio não-essencial
Fase vermelha: Devem permanecer fechados.
Lojas de conveniência
Não muda. Venda de bebidas alcoólicas permitidas apenas entre 6h e 20h em todas as três fases.
Serviços
Fase vermelha: Devem permanecer fechados.
Restaurantes
Fase Vermelha: Devem permanecer fechados.
Bares
Fase vermelha: Devem permanecer fechados.
Salões de beleza e barbearias
Fase vermelha: Devem permanecer fechados.
Academias de ginástica
Fase vermelha: Devem permanecer fechados.
Eventos e atividades culturais
Fase vermelha: Devem permanecer fechados.
(*Com informações de Murillo Ferrari e Bruna Macedo, da CNN em São Paulo)