DA REDAÇÃO — A partir de 2026, Olímpia receberá uma das escolas públicas de tempo integral administradas pela iniciativa privada, conforme previsto no projeto “PPP Novas Escolas” da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. O projeto, que representa uma Parceria Público-Privada (PPP), segue um modelo similar ao adotado no Paraná, onde a privatização de escolas públicas tem gerado debates e protestos entre professores. Rio Preto terá a menor escola Público-Privada do lote, com 21 salas de aula; Olímpia, a maior, com 35 salas.

O edital para a contratação de empresas concessionárias responsáveis pela construção e administração dessas escolas será publicado ainda neste mês. As empresas selecionadas terão a responsabilidade de gerir 33 unidades de ensino em 29 municípios por um período de 25 anos. O investimento total previsto é de R$ 2,1 bilhões.

Será em dois lotes. O primeiro deles, o Oeste, envolve a construção de 17 escolas, com 462 salas de aula e 17,1 mil vagas. Elas vão atender Araras, Bebedouro, Campinas, Itatiba, Jardinópolis, Lins, Marília, Olímpia, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, São José do Rio Preto, Sertãozinho e Taquaritinga.

Já o Lote Leste terá 16 unidades de ensino, que vão atender 17,6 mil alunos em 476 salas de aula. As escolas serão construídas em Aguaí, Arujá, Atibaia, Campinas, Carapicuíba, Diadema, Guarulhos, Itapetininga, Leme, Limeira, Peruíbe, Salto de Pirapora, São João da Boa Vista, São José dos Campos, Sorocaba e Suzano.

Renato Feder, que deixou a Secretaria da Educação do Estado do Paraná para ser secretário de Educação de São Paulo, defende a iniciativa como uma estratégia para otimizar recursos e liberar a direção escolar de tarefas burocráticas, permitindo maior foco na melhoria do ensino.

O edital para a contratação de empresas concessionárias responsáveis pela construção e administração dessas escolas será publicado ainda neste mês. As empresas selecionadas terão a responsabilidade de gerir 33 unidades de ensino em 29 municípios por um período de 25 anos. O investimento total previsto é de R$ 2,1 bilhões.

Em Olímpia, será construída uma escola com 35 salas de aula em terreno doado pela prefeitura, sendo este o maior prédio entre os projetos contemplados. A iniciativa privada ficará responsável pela compra de equipamentos, manutenção dos prédios, custeio de despesas, limpeza, monitoramento e contratação de funcionários operacionais, como merendeiras e vigilantes.

O governo estadual continuará gerenciando o projeto político-pedagógico, incluindo a definição do material didático e a gestão de professores e diretores.

A medida tem gerado opiniões diversas entre especialistas e educadores. Para alguns, a PPP pode melhorar a organização pedagógica e a gestão educacional, enquanto outros, como a pedagoga Ivanilde Moreira, criticam o modelo como uma maquiagem que não resolve problemas estruturais do sistema de ensino.

Em Olímpia, a expectativa é de que a nova escola ofereça melhores condições de aprendizado e reduza a burocracia que dificulta o trabalho dos diretores e professores. O prefeito Fernando Cunha, ouvido pelo Diário na manhã de hoje (9) não tem o que se opor: “Se for dado pelo governo do Estado, aceitamos. A área deve ser no Morada Verde onde já foi dada para tal fim”.