DA REDAÇÃO / EXCLUSIVO – Se outra motorista, também do sexo feminino, tivesse aceito a corrida chamada por aplicativo WhatsApp, se o objetivo era o de roubar e matar para não deixar vestígios, talvez a vítima não fosse Hortência Lourenço Dias, e sim outra que vamos preservar o nome, e que deu o seu depoimento na tarde de hoje na Delegacia de Polícia Civil de Olímpia.

Essa outra motorista de aplicativo disse que conheceu Hortência, a vítima de latrocínio, em um churrasco na casa de Maicon, o principal suspeito que, agora à noite, ‘dedurou’ mais dois comparsas, um deles de menor, S., e um adulto, Rogério. Na confraternização, havia outros motoristas de aplicativo.

A depoente conheceu Hortência e Maicon nesse dia da festa na casa dele, um churrasco, e que depois disso não teve mais contato com ambos. E que, somente no dia dos fatos, 12 passado, por volta das 19h48, recebeu uma mensagem de WhatsApp de Maicon lhe perguntando se “estava rodando”, e ela respondeu-lhe que não e que já tinha, portanto, encerrado as suas atividades.

Maicon foi incisivo com essa outra motorista de aplicativo, dizendo-lhe que “precisava de uma corrida urgente, mas que precisava ser particular, fora do aplicativo da empresa. Ela lhe respondeu que não fazia esse tipo de corrida e que não tinha ninguém para indicar.

De novo, insistente, Maicon disse à essa outra motorista de aplicativo que “pagaria bem” pela corrida fora do aplicativo da empresa. Foi aí que ele, em áudio, disse-lhe que estava tentando “falar com a motorista do VW Voyage branco”, referindo-se à Hortência. “Estou tentando falar com ela, mas ela não responde”, retrucou Maicon.

Passados alguns minutos, Maicon retorna dizendo que já tinha feito contato com Hortência e que ela iria fazer a corrida, e que ele “não estava nem aí porque era o povo que iria pagar”.

Ela não voltou a trocar mensagens com Maicon, segundo deixou claro em seu depoimento à Polícia Civil.

No dia seguinte, ficou sabendo dos fatos em relação à morte da Hortência, e esse fato a deixou “muito abalada” e ficou “com medo de que algo lhe acontecesse, pensando que seria a vítima caso tivesse feito aquele serviço”.

Ela frisou que está “com muito medo e teme que algo lhe aconteça, pois tem família”.

Será que há relação de Maicon ter procurado apenas motorista do sexo feminino?