Com o propósito de levar informação, cultura e entretenimento às pessoas no atual cenário pandêmico, o FrESTA – Jornada Literária Apocalíptica de Rio Preto abre as inscrições para as Atividades Formativas do festival, que acontece com propósito de mostrar a história e literatura além do livro.

Serão cerca de 30 horas de atividades entre workshops, oficinas, minicursos, bate papos, análises literárias, entre outros, abordando sempre diversos temas em diferentes segmentos artísticos. Os interessados podem se inscrever através de um formulário pelo site do FrESTA a partir desta quarta-feira (12) até o dia 19. A participação é gratuita.

“Diferente do FestFIM – Festival de Artes do Fim do Mundo, realizado em abril, que também é um festival multilinguagens, o FrESTA tem um olhar mais voltado para a leitura buscando uma reflexão de como a literatura pode se ampliar e potencializar para além dos livros, através de diálogos e experimentações entre diferentes vertentes artísticas”, diz Lawrence Garcia, diretor geral do festival.

No total o público terá acesso, a partir do dia 19, a mais de 65 horas de programação artística (30 de Atividades Formativas e 35 de Atividade Culturais), acessando as mídias digitais da Cia. Apocalíptica YouTube, Facebook e Instagram (@cia.apocaliptica).

Atividades Formativas

Entre os projetos aprovados estão: o “Corporagem de Jardinosias”, do Trio Corporagem, que acontece nos dias 19 e 20 das 9h às 11h30, com o propósito de provocar através de poemas, poesias e literatura, o movimento a fim de abrir frestas para as sensações e emoções serem transmutadas em dança, teatro, escrita espontânea e performances. No seguimento do dia 19, às 13h, acontece a aula “Dança com Bambolês”, com o Coletivo Órbita, de Montenegro.

Já no dia 20, das 13h às 15h, David Biriguy, de Belo Jardim, Pernambuco, apresenta o “Poesia Sonora”, que propõe a produção e gravação de textos poéticos com a inserção de elementos musicais e sonoros utilizando telefones celulares para captação de áudio e softwares livres para mixagem. O tema “A importância do ler e contar histórias” será ministrado pela artista Ana Paula Carneiro, de Presidente Prudente, também no dia 20, das 15h às 16h.

A programação conta com a participação de Bruna Venâncio, que ministra o minicurso “Como lidar com protagonistas com quem não nos identificamos?”, no dia 21, das 09h às 11h. Depois, das 13h às 15, o workshop “Zines Digitais para Professorxs”, farão com que os participantes sejam capazes de compreender o conceito de zines digitais, conhecer sua trajetória na literatura marginal, analisar obras visuais que trabalham com estética xerográfica (zinística) e aplicar essa ferramenta metodológica em seu cotidiano educativo.

No dia 22, das 09h às 11h, acontecem duas oficinas literárias, uma com o jornalista e escritor Raul Marques, que ministra o workshop “Escrita de Biografias”, com técnicas e dicas para novos autores e pessoas interessadas em biografias literárias. E outra, com o professor Lucas Limberti que introduz o tema “O que é Literatura? A sublime viagem da escrita ao livro publicado”, com abordagem no universo da arte literária e principalmente do fazer poético, desmistificando alguns conceitos e criando outros sobre o que é ser escritor.

Das 12h às 15h, Akila Moreira, realiza a oficina “O teatro dos bonexcluídos”, no qual aborda a utilização de “bonecos” marginalizados e explorar com criatividade técnicas e propostas cênicas diferentes. Das 13h às 15h, a educadora Patrícia Carvalho ministra “O lado negro da França: um panorama das artes francófonas de origens africanas”, com objetivo de discutir e contrapor a presença homogênea do referencial artístico-intelectual branco e eurocentrado em relação à invisibilidade e ao apagamento sistêmico do registro artístico-intelectual negro e africano no de expressão francófona.

No último dia de evento, as atividades começam às 09h, com o diálogo de Juliana dos Santos Costa, acerca do tema “Da Menina Negra à Mulher Preta: Educação e Identidade”, com classificação para maiores de 16 anos. Na sequência, das 10h às 16h, a artista Jéssica Martins, de Extremoz, no Rio Grande do Norte, fará um bate-papo sobre “Contação de histórias: as narrativas indígenas em foco”, como principal objetivo de refletir e valorizar as literaturas indígenas, em um fazer que valorize as culturas e as produções artístico-literárias dos povos originários.

E finalizando a grade das Atividades Formativas, às 13h, o autor rio-pretense Ivan Reis convida o público a conhecer seu novo livro “NEGRU-ME” e juntos construir uma exposição formativa com textos da literatura Negro-Brasileira de autores consagrados. E a educadora Carolina da Costa Pedro apresenta o minicurso “Noções de língua e literatura galega”, das 13h às 15h, evidenciando a história do galego, percorrendo pela literatura e influência para formar o português.

“Estamos muito felizes com a produção do festival, a curadoria teve o cuidado de selecionar 80% de artistas mulheres, com projetos que de diversas vertentes artísticas, como contação de histórias, teatro, dança, e sempre oferecendo um novo olhar para a literatura que vai além do livro”, complementa Lawrence.

O FrESTA acontece com recursos da Lei Aldir Blanc São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Sobre o Festival

O FrESTA é uma jornada literária, não-competitiva e totalmente online tendo a coordenação artística da contadora de histórias Kiara Terra e coordenação geral do contador Tiago Augusto Lima e como propósito principal o desdobramento da arte literária para além dos livros. Em sua primeira edição, o FrESTA contemplará diversos segmentos literários, mas também contará com apresentações e atividades formativas de teatro, cultura urbana, cultura negra e popular, patrimônio imaterial, cinema e artes plásticas.

O festival recebeu mais de 170 inscrições de grupos, coletivos, artistas e contadores de histórias de todo o país. A curadoria foi realizada por Kiara Terra, diretora artística, e Lawrence Garcia, Diretor da Cia. Apocalíptica e do FrESTA, que escolheram 46 projetos das cidades de Ituiutaba (Minas Gerais), Salvador (Bahia), Belo Horizonte (Minas Gerais), Extremoz (Rio Grande do Norte), Montenegro (Rio Grande do Sul), Paulista e Belo Jardim (Pernambuco), São Paulo (capital), Bertioga, Campinas, Presidente Prudente e São José do Rio Preto.

Programação completa das Atividades Formativas:

Projeto: Corporagem de Jardinosias
Trio Corporagem – São José do Rio Preto – 19/05 e 20/05 das 09h às 11h30

Projeto: Dança com Bambolês
Coletivo Órbita – Montenegro/RS – 19/05 das 13h às 15h.

Projeto: Poesia Sonora
David Biriguy – Belo Jardim/PE – 20/05 das 13h às 15h

Projeto: A importância do ler e contar histórias
Ana Paula Carneiro – Presidente Prudente – 20/05 das 15h às 16h.

Projeto: Como lidar com protagonistas com quem não nos identificamos?
Bruna Venancio – São José do Rio Preto – 21/05 das 09h às 11h.

Projeto: Zines Digitais para Professorxs
Camila Melo – São José do Rio Preto – 21/05 das 13h às 15h.

Projeto: Escrita de Biografias
Raul Marques – São José do Rio Preto – 22/05 das 09h às 11h

Projeto: O que é Literatura? A sublime viagem da escrita ao livro publicado.
Lucas Limberti – São Paulo – 22/05 das 9h às 11h

Projeto: O teatro dos bonexcluídos
Akila Moreira – São José do Rio Preto – 22/05 das 12h às 15h.

Projeto: O lado negro da França: um panorama das artes francófonas de origens africanas
Patrícia Carvalho – São José do Rio Preto – 22/05 das 13h às 15h

Projeto: Da menina negra à mulher preta: educação e identidade
Juliana Costa – São José do Rio Preto – 23/05 das 09h às 10h.

Projeto – Contação de histórias: as narrativas indígenas em foco
Jessica Martins – Extremoz/RN – 23/05 das 10h às 11h30

Livro: NEGRU-ME
Ivan Reis – São José do Rio Preto – 23/05 das 13h às 15h

Projeto: Noções de língua e literatura galega
Carolina da Costa – São José do Rio Preto – 23/05 das 13h às 15h