Por Cristiane Gracindo – E é chegado o tempo do medo, da incerteza, do recolhimento. Onde a paz depende do modo em que você lava suas mãos. O Turismo, antes tão criticado. Mas, como será viver sem ele? O silêncio nas ruas, o medo do amanhã, a certeza de que as portas estarão por no mínimo 30 dias fechadas, para essa gente, que afinal só trouxe o aborrecimento, não é mesmo?

Longe de defender o que não pode estar certo, afinal a garantia de nossas vidas e de nossa saúde, dependem em muito da não exposição de nossos corpos, a corpos estranhos, formando uma cadeia de complicações onde o fim pode ser apenas o fim.

Em outros tempos, onde por quinze dias nosso parque, o Thermas teve suas águas resfriadas pela lacração dos poços, muita negatividade se instaurou. Aos que se lembram, o cenário era de guerra civil.
Mas o silêncio do Coronavírus é ainda mais arrebatador, com proporções ainda desconhecidas, onde as promessas são de que o pior está por vir. Difícil esta cena, não é?

Me desculpem os incrédulos, mas o terror ainda nem começou. Os dias sombrios, certamente virão. E isso nada mais tem a ver com nossas águas quentes e termais, afinal foram cumpridas todas as obrigações cívicas e preservadoras de nosso bem-estar.

Onde quero chegar com a pregação do Apocalipse? Apenas na reflexão de que este momento de resguardo, nos possa fortalecer em nossas relações interpessoais, sem buscar culpados, guardando as pedras para edificar nossa Olímpia. Seja ela uma estância turística ou não, afinal em tempos de coronavírus, nada disso tem sentido.

Precisaremos sim, uns dos outros. Esqueçam os seus julgamentos. Não se vence uma guerra com gritos, facebook e histeria e sim com responsabilidade, coerência e estratégia.

Tomara que os dias piores, estejam longe de nossa realidade. Afinal, não somos mais pessoas importantes, ou não. Que tem dinheiro ou não tem, o vírus é impiedoso e não escolhe CPF de ninguém.

Sejamos luz no caminho de quem necessita de nossa ajuda. É hora de solidariedade e não julgamento. Agora é a hora de entender quem é essa Olímpia, quem é o povo dessa terra e até onde você, que tira seu pão desse barro, poderá ir, em favor do próximo.

Os parques fecharam as suas portas, por prazos indeterminados. Ação essa, corretíssima, diante da gravidade dos fatos.

Mas a dificuldade virá. O banco não terá capacidade para compreender nossa nova realidade, diante do atraso do boleto.

Força Olímpia, serenidade e inteligência são sempre bem-vindas nos planos de ataque. Vamos juntos atacar essa ameaça e lutar com todas as nossas forças, pelos menos favorecidos. Neste momento o dividir é imprescindível para resultados satisfatórios.
E assim como foi na chegada da Arca de Noé, onde um raio de sol anunciou as boas-vindas a terra prometida, que nossa cidade possa se reconstruir, de uma forma mais bela e mais serena.

Ao saber que você estará entre os sobreviventes, faça de sua vida, uma vida plena. Pois o sofrimento faz crescer e aflorar os sentimentos mais puros da alma dos fortes.

Vamos nos unir em oração e nos fortalecer como soldados que não tem medo da batalha. E que Deus abençoe sim o nosso turismo e, que nos traga um novo amanhecer. Infelizmente, chegou a hora da prova, onde um maldito ser infinitamente menor que nossa existência, vem e toma conta da situação.

Quem diria que um chip poderia governar as nossas vidas e um vírus poderia destruí-la, tudo isso em questão de horas. Pense bem. Será mesmo que somos tão imortais como imaginávamos?

Seja humano, abra a sua boca para espalhar o bem, os fatos que agregam e não os que separam.

E assim, ainda que contaminados pelo mal do Coronavírus, a fluência de nossas intenções poderão ser bálsamo para esta cidade que depende apenas de nós para se reconstruir após a crise.

Que Deus abençoe a todos nós!