A Secretaria da Educação da Estância Turística de Olímpia realizou o encerramento da VI Mostra da Educação Inclusiva. Durante as atividades foram feitas apresentações de dança, citações de poemas e exposição de materiais utilizados com os alunos do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

A VI Mostra teve como intuito apresentar as atividades realizadas pelo Setor de Educação Inclusiva, bem como salientar a interação, os cuidados e os resultados para com os alunos com necessidades especiais.

Conforme explica a Chefe de Setor da Educação Inclusiva, Maria Magali Lopes de Oliveira, a Educação Inclusiva é compreendida como a educação especial dentro da escola regular, na qual todos os alunos aprendem juntos. Assim estimula e favorece a diversidade educando todas as crianças em um mesmo contexto escolar.

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Durante a cerimônia de encerramento, os alunos do 4º ano E, da professora Maria de Lourdes Corsi, da EMEB Professor Maurício César Alves Pereira, apresentaram a dança “A História de uma Gata”. Após o espetáculo, a aluna Amanda Beatriz Gobatto, deficiente visual, leu uma mensagem natalina em braile entregue a todos os presentes, demonstrando o processo de alfabetização da Rede Municipal de Educação em braile.

Depois da leitura da mensagem natalina, a aluna Eduana Kaiane Postiglione de Deus, deficiente auditiva, do 4º ano C, da EMEB Santo Seno, do professor Jefferson Ribeiro dos Santos, interpretou a música “É Natal” em libras. A aluna contou com a participação dos professores que fazem o curso de libras na cidade de Ribeirão Preto.

Para encerar a cerimônia, as alunas Jéssica de Oliveira Morais, com Síndrome de Down e Kaliê Lorrane Santos da Silva, deficiente intelectual, da EMEB Jardim Hélio Cazarini, da professora Renata Aparecida da Silva Guariente, recitaram as poesias Borboletas (Vinícius de Moraes) e Tem Tudo A Ver (Elias José), respectivamente.

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

A Estância Turística de Olímpia tem 103 alunos assistidos pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE). O programa foi criado pelo Ministério da Educação e contemplou o município com três salas, sendo uma quarta construída com recursos próprios devido à necessidade em relação ao número de alunos. As salas estão localizadas nas escolas Professor Maurício César Alves Pereira, Theodomiro da Silva Melo, Dona Luiza Seno de Oliveira e Valentina Toazza.

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O AEE está presente no município desde 2009 e atente crianças da creche até o 5º ano do Ensino Fundamental com necessidades visuais, auditivas, físicas e intelectuais. A Chefe do Setor de Educação Inclusiva, Maria Magali Lopes de Oliveira explica que a Secretaria da Educação recebe os laudos médicos que comprovam a necessidade e realiza um estudo para incluir nas salas do período regular e estabelecer o que será trabalhado no período de AEE.

“Os alunos frequentam a sala de aula comum e no contraturno tem o atendimento individual. Cada um tem o seu horário e cada aluno tem um plano de aula individual, mesmo que seja de deficiência intelectual. Os professores não usam o mesmo plano para dois ou três alunos, cada ano tem um plano específico”, explica Maria Magali.

A Chefe do Setor de Educação Inclusiva também ressalta que “trabalhamos a dificuldade neurológica que a criança tem ou necessita, as áreas defasadas temporal, espacial, a coordenação motora fina, a coordenação motora grossa, tudo isto por meio de jogos. Não usamos caderno, lápis, canetas, apenas jogos lúdicos com a parte da tecnologia assistiva e aumentativa para os deficientes visuais, trabalhando aquilo que ele está em defasagem. A defasagem que ele apresenta é o que nós vamos trabalhar na sala de AEE”.

TRABALHO CONJUGADO ENTRE PROFESSORES

A Secretária de Educação, Eliana Bertoncello Monteiro explica que as crianças inseridas nas salas possuem todo o acompanhamento tanto dos professores regulares, quanto dos professores do AEE. “O professor do AEE tem um contato com o professor da sala regular para que possa orienta a melhor forma de trabalhar com as crianças e o professor regular também relata ao professor do AEE como é desenvolvimento da criança dentro da sala de aula”, elenca a Secretária.

A professora do 4º ano do ensino regular, Maria de Lourdes Corsi, da EMEB Professor Maurício César Alves Pereira, acompanha uma aluna com deficiência visual e explica que todo o conteúdo é exposto para a sala em geral. “As explicações são destinadas a todos os alunos e a professora intérprete de braile ajuda a nossa aluna a resolver as atividades ministradas em aula. Em caso de dúvidas ela questiona a mim ou a professora intérprete, mas sempre quando estou fazendo uma explicação sobre o conteúdo eu faço indagações a ela oralmente, ela me responde oralmente e depois a resposta ela faz com a professora intérprete na máquina de braile”, ressalta a professora.

Segundo Eliana, as crianças devem ter a vivência escolar, se desenvolvendo de acordo com a sua possibilidade. “Nós fazemos tudo para que elas possam avançar. Agora até onde elas chegam é do potencial de cada uma, nós lutamos para que elas se desenvolvam ao máximo, mas elas seguem seus ritmos”, pontua a Secretária.