O fantasma da poliomielite assombra a Estância Turística de Olímpia. A última campanha, realizada em 2021 obteve cobertura vacinal de 81,5%, sequer chegando perto dos 95% preconizados pelo Ministério da Saúde. Ou seja, de 2.065 crianças de zero a cinco anos, apenas 1.684 tomara a vacina contra a Pólio em Olímpia – 381 ficaram sem a ‘gotinha’.

Agora, em nova campanha iniciada na última segunda-feira (8), anteontem, o movimento nas Unidades Básicas de Saúde e no Ambulatório de Referências Especializadas (ARE), está fraquíssimo.

A meta vacinal, atualmente, da Poliomielite em Olímpia é atingir 2.708, ou pelo menos 95% desse montante.

A mesma doença que aterrorizou a população no século 20, por conta das graves consequências como a paralisia ou a incapacidade de respirar sem ajuda de aparelho, volta a assombrar o Brasil. Tudo devido à baixa cobertura vacinal contra a poliomielite.

Os dois Rotarys Clubs de Olímpia estão envolvidos na campanha de conscientização combatente a desinformação de mães que acreditam, muitas vezes, em fakes news espalhadas em seus celulares e até em veículos de Comunicação. Apesar de o Brasil ser reconhecido mundialmente pelas suas campanhas de imunização, nos últimos meses, com fake news desacreditando a eficiência dos imunizantes, principalmente, contra a Covid-19, muitos pais passaram a não vacinar os filhos.

No Brasil, o calendário de imunização prevê que a criança recebe ao menos cinco doses de vacinas contra a poliomielite. Três delas são injetáveis e outras duas por meio das tradicionais “gotinhas”, que inclusive dão nome ao tradicional personagem Zé Gotinha, criado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No Brasil, o último registro de poliomielite é de 1989. O esforço dos países sul-americanos fizeram com que a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) declarasse a doença como erradicada nas Américas, em 1994.

No entanto, com a baixa cobertura vacinal em outros países, o vírus nunca deixou de circular e voltou a ser incluído na lista da Opas para risco. Em casos graves, a doença pode provocar a paralisia. – Com Diário de Região