A vacinação contra a Poliomielite em Olímpia está em marcha lenta, na contramão da necessidade do País em evitar que essa doença, erradicada anteriormente, volte a assombrar o sistema de saúde pública. A campanha nacional, apoiada pelo Rotary Club Internacional, iniciada no último dia 8, aplicou até hoje (15) 183 doses. Muito pouco em uma semana, para um cenário que prevê pelo menos 95% de cobertura: 2.708 crianças de zero a cinco anos.

Esse descaso de pais, mães ou responsáveis (se é que podem chamá-los assim), vem desde o ano passado. Em 2021, a cobertura chegou a 81,5%, ou seja, de 2.065 crianças de zero a cinco anos, apenas 1.684 tomara a vacina contra a Pólio em Olímpia – 381 ficaram sem a ‘gotinha’ no ano passado.

E esse descaso com a vacina contra a Poliomielite se vê no fraco movimento nas Unidades Básicas de Saúde e no Ambulatório de Referências Especializadas (ARE), segundo relata a Saúde ao Diário.

A mesma doença que aterrorizou a população no século 20, por conta das graves consequências como a paralisia ou a incapacidade de respirar sem ajuda de aparelho, volta a assombrar o Brasil. Tudo devido à baixa cobertura vacinal contra a poliomielite.

ROTARYS CLUBS ENVOLVIDOS

Os dois Rotarys Clubs de Olímpia estão envolvidos na campanha de conscientização combatente a desinformação de mães que acreditam, muitas vezes, em fakes news espalhadas em seus celulares e até em veículos de Comunicação. Apesar de o Brasil ser reconhecido mundialmente pelas suas campanhas de imunização, nos últimos meses, com fake news desacreditando a eficiência dos imunizantes, principalmente, contra a Covid-19, muitos pais passaram a não vacinar os filhos.

No Brasil, o calendário de imunização prevê que a criança recebe ao menos cinco doses de vacinas contra a poliomielite. Três delas são injetáveis e outras duas por meio das tradicionais “gotinhas”, que inclusive dão nome ao tradicional personagem Zé Gotinha, criado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No Brasil, o último registro de poliomielite é de 1989. O esforço dos países sul-americanos fizeram com que a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) declarasse a doença como erradicada nas Américas, em 1994.

No entanto, com a baixa cobertura vacinal em outros países, o vírus nunca deixou de circular e voltou a ser incluído na lista da Opas para risco. Em casos graves, a doença pode provocar a paralisia.