A Secretaria da Saúde de Olímpia informa que a vacinação contra HPV (Vírus do Papiloma Humano) segue disponível nas Unidades Básicas de Saúde apenas para crianças e adolescentes de ambos os sexos.

Em nota divulgada pelo Ministério da Saúde, os municípios que possuíssem doses próximas da data de vencimento poderiam ampliar a vacinação para pessoas com até 26 anos. No entanto, de acordo com o setor municipal de Vigilância Epidemiológica, Olímpia não possui disponibilidade de lotes próximos ao vencimento e, em decorrência disto, manterá a vacinação apenas para meninos com faixa etária de 11 a 14 anos e para meninas de 9 a 14 anos. Além deste grupo, também têm direito à dose da vacina portadores de AIDS/HIV com idade de 9 a 26 anos.

Segundo um balanço divulgado na tarde de quarta-feira (13), o município já aplicou 602 doses este ano. Quem estiver na faixa etária e ainda não se vacinou deve procurar a UBS mais próxima para se imunizar.

De acordo com Juliana Bressane, chefe do setor de Vigilância Epidemiológica, a vacina está inserida no calendário vacinal e encontra-se disponível durante o ano, mas a adesão depende da participação dos pais.

“Os pais devem levar seus filhos para serem vacinados. A imunização protege contra uma série de doenças nocivas, especialmente contra o câncer de útero, pênis e ânus. Por isso, a conscientização é o melhor caminho. O fato dos pais transmitirem a importância aos seus filhos possibilita o aumento da imunização”, explica Juliana.

ESQUEMA VACINAL

Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Para os meninos, a estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus.

O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para o filho no momento do parto. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações.