Da Redação — As vacinas contra o vírus H1N1 estarão disponíveis em Olímpia a partir do dia 30, segundo informou ao Diário a secretária da Saúde Silvia Forti Storti, obedecendo rigorosamente o calendário do Ministério da Saúde. Serão alcançadas, primeiramente, pessoas do grupo de risco, ou seja, gestantes, pessoas acima de 60 anos e crianças de 6 meses a 5 anos.

Só nesta quarta-feira (13), cinco mortes pela doença foram confirmadas na região – quatro em Rio Preto e uma Jales. Com isso, já são 28 vítimas de H1N1 na região – oito delas de Rio Preto. Outra morte suspeita foi registrada em Catanduva.

O número de mortes no País provocadas pelo H1N1 subiu de 71 para 102, em uma semana, o equivalente a um aumento de 43%. Boletim do Ministério da Saúde, com dados coletados até o dia 2, mostra que a maioria dos óbitos ocorreu em cidades do Estado de São Paulo, 70 ao todo.

Em todo o Sudeste, foram identificados 553 pacientes com complicações provocadas pelo vírus. Santa Catarina é o segundo Estado com maior número de casos da doença (40), seguido do Paraná (21), Goiás (12), Pernambuco (11), Minas (10), Bahia (9). Distrito Federal trouxe até o momento 9 casos, um a mais do que o identificado no Rio. Já o Rio Grande do Sul tem 7 casos. Ao todo, 18 Estados contabilizam registros de complicações provocadas pelo H1N1. Além de São Paulo, outros treze Estados registram mortes provocadas pelo vírus. Goiás registra 6 mortes e Santa Catarina, 5.

BEBÊS ABAIXO DE 6 MESES, JAMAIS

A imunização contra o vírus H1N1 já está disponível para crianças, mas tem um grupo que não pode participar da vacinação nem na rede pública nem na particular: são os bebês com menos de 6 meses que, embora não possam tomar a dose, também podem ter sérias complicações ao serem infectados.

“Os componentes da vacina não são adequados para eles e a recomendação do fabricante é que a vacinação seja feita em crianças acima de 6 meses. Mas o sistema imunológico deles é mais frágil, principalmente se não estiverem em aleitamento materno”, explica Sonia Liston, pediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

A principal recomendação dada pela especialista para os pais manterem as mãos, o rosto e as cavidades nasais limpas ao ter contato com o bebê. “Os pais devem lavar bem as mãos e o rosto, fazer uma lavagem nasal e bochechos antes de pegar as crianças. O álcool em gel também é importante.”

Segundo Sonia, a família deve evitar locais com aglomeração e, como essas crianças costumam receber muitas visitas, o ideal é tentar evitar o contato com pessoas resfriadas. “A gente sabe que todos querem ver, mas é bom evitar as visitas aos recém-nascidos, perguntar se ninguém está gripado e pedir gentilmente para que lavem as mãos.”

A pediatra diz que os pais devem tomar a vacina para evitar a infecção. Caso o pai ou a mãe peguem a doença, a recomendação é usar máscara.

A mãe deve continuar amamentando mesmo se estiver infectada. “Se ela ficar debilitada e não conseguir amamentar, pode tirar o leite e dar em uma mamadeira.”

Com informações da Agência Estado (AE)