A Estância Turística de Olímpia registrou ontem, domingo, um volume de chuvas ainda não visto neste mês de janeiro: foram 139 milímetros de chuva, que começou por volta das 16h e virou a noite, sem uma trégua.

A informação é do engenheiro agrônomo Flávio Augusto Pavese, que faz a coleta diária do volume de chuva em Olímpia desde 1992. São dois pluviômetros na cidade, com distância de cinco quilômetros entre um e outro.

“Para se ter uma ideia, o ano passado choveu 185 milímetros durante todo o mês de janeiro. Em 2020, registramos no mês todo, 343”, diz o engenheiro agrônomo. Esse ano, de acordo com ele, sem contar o dia de hoje, o último dia do mês, já choveu 377 milímetros, sendo 139 apenas durante o domingo.

CADA ANO, MENOS CHUVA

Pavese acredita que por causa do fenômeno do La Niña, a chuva diminui ano a ano. É um evento climático de resfriamento e aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial. A mudança climática é a principal consequência do acontecimento. Além dessa alteração, os padrões de vento mudam, tal como as chuvas. Isso acontece em várias regiões do mundo e prejudica as plantações e, consequentemente, afeta a economia.

Para se ter uma ideia, em 2019, por exemplo, choveu em Olímpia o ano todo 1.729 mm; em 2020, 1.504 mm e, o ano passado, 2021, 1.453mm. Apesar deste mês de janeiro chover acima da média, praticamente o dobro de outros janeiros passados, no final das contas, estamos tendo menos chuvas, contas de energia mais caras e uma série de problemas nos reservatórios e na economia em geral.

O PLUVIÔMETRO

O pluviômetro é um aparelho meteorológico destinado a medir, em milímetros, a altura da lâmina de água gerada pela chuva que caiu numa área de 1m2.

Dizer que em uma região choveu 100 mm significa dizer que em uma área de 1 m2, a lâmina de água formada pela chuva que caiu apresenta uma altura de 100 milímetros. Isso implica dizer que, para cada metro quadrado da região, houve uma precipitação de 100 litros.

Espaço Livre AM e Diário de Olímpia