Pela primeira vez, um estudo abrangente avaliou a qualidade de vida em todos os 5.700 municípios brasileiros utilizando o Índice de Progresso Social (IPS), uma metodologia reconhecida internacionalmente que mensura o bem-estar da população com base em dados oficiais. O levantamento, denominado IPS Brasil, desenvolveu um ranking que destaca o interior de São Paulo com as melhores posições e revela desafios significativos na Amazônia.

Olímpia se destacou em várias áreas com um índice de 64,32 em 100, ocupando a 565ª posição. A cidade mostrou resultados neutros em diversos aspectos e registrou preocupações em ‘obesidade’, ‘subnutrição infantil’ e ‘inclusão social’. Curiosamente, o item ‘violência com indígenas’ também foi marcado como preocupante, sugerindo reflexos de questões históricas.

Entre os pontos fortes, Olímpia se sobressai em ‘moradia’, ‘saneamento básico’ e ‘fundamentos do bem-estar’, além de ‘acesso ao conhecimento básico’ e ‘paridade de gênero na Câmara Municipal’. Na educação superior, todos os indicadores, incluindo a taxa de empregados com ensino superior e a performance no Enem, foram considerados fortes.

Na região, municípios como São José do Rio Preto, Mirassol, Barretos, Orindiúva, Votuporanga, Sebastianópolis do Sul, Catiguá e Urupês alcançaram notas máximas, refletindo questões sociais mais resolvidas.

O IPS Brasil analisou mais de 300 indicadores, refinando a lista para 52 através de dados fornecidos por instituições como DataSUS, Conselho Nacional de Justiça, Mapbiomas, Anatel e CadÚnico. Notavelmente, dois indicadores inéditos de Mapbiomas sobre áreas verdes e praças foram inclusos pela primeira vez.

O índice divide-se em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos para o Bem-estar e Oportunidades. Cada dimensão engloba quatro componentes que contribuem para a média final, ponderados por indicadores específicos, com ênfase em áreas críticas como a segurança.