DA REDAÇÃO — A Prefeitura de Olímpia encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que autoriza a venda do direito de nome de equipamentos públicos, como estádios, praças e eventos. A proposta busca abrir espaço para a iniciativa privada associar marcas a esses locais em troca de compensações financeiras, manutenção ou investimentos estruturais.

Na prática, o projeto permite, por exemplo, que o Estádio Maria Tereza Breda ou o Olímpia Futebol Clube passem a ter nomes atrelados a empresas, seguindo a tendência nacional de naming rights que ganhou força após a Copa do Mundo de 2014.

A medida, segundo o prefeito, “visa ampliar receitas sem depender exclusivamente do orçamento público e já conta com o apoio de empresários locais interessados em explorar comercialmente esses espaços”.

Geninho Zuliani nomeou o ex-candidato a vereador e especialista esportivo Carlinhos Japonês para liderar esse processo. Atualmente comissionado na Prefeitura, ele está à frente das negociações para atrair parceiros privados.

O projeto de lei prevê que os contratos sejam temporários, firmados após licitação, e que a identidade cultural e histórica do município seja preservada. Os recursos arrecadados poderão ser aplicados em áreas como saúde, educação, cultura, esporte e lazer.

Desde 2005, o modelo de naming rights tem sido adotado no Brasil, com destaque para acordos como o da Allianz com o Palmeiras, MRV com o Atlético-MG, Neo Química com o Corinthians e, mais recentemente, a Ligga Telecom com o Athletico Paranaense.

Aliás, a relação do Palmeiras com o Allianz Parque foi dada como exemplo: 71% de margem. Além disso, o clube planeja a venda de naming rights do Maracanã. Dois bancos privados foram citados como exemplos para assumir a frente do nome do estádio e alavancar receitas.

Agora, Olímpia se prepara para entrar nessa rota de modernização e monetização de seus espaços públicos.