A solenidade cívica realizada na manhã deste feriado paulista, em Olímpia, foi marcada pela homenagem aos homens e mulheres da cidade que participaram da Revolução Constitucionalista de 32, na continuidade da Semana “Benedicto José Pereira (Mindú)” – cujo filho, Hélio Pereira de Sousa, e familiares estiveram presentes e se emocionaram.

_DSC9272

O evento é lembrado há 84 anos, quando esses olimpienses também se integraram nas trincheiras lutando contra a ditadura do então presidente Getúlio Vargas. A Revolução Constitucionalista de 32 começou depois do golpe de Estado que colocou Getúlio Vargas na presidência. Os paulistas não o reconheciam e queriam uma constituinte, o que motivou o conflito. Foram três meses de conflito entre São Paulo e o resto do país.

Os irmãos Maria Alice e Luiz Antonio preservam as comemorações do 9 de Julho em Olímpia
Os irmãos Maria Alice e Luiz Antonio preservam as comemorações do 9 de Julho em Olímpia

A comemoração só se realiza graças à persistência da Sociedade Veteranos de 32 MMDC – Núcleo Luiz Salata Neto, com apoio municipal e de voluntários, como os filhos Maria Alice Salata e Luiz Salata. Estiveram presentes, como de hábito, o Tiro de Guerra 02-025, comandado pelo subtenente Coragem; autoridades civis, militares, escolares e, também mais uma vez, a Banda Musical da Assembleia de Deus, Ministério Belém, sob a regência do professor Ezequiel Gonçalves da Silva, e coordenada pelo pastor Otoniel Elias dos Santos.

Tiro de Guerra 02-025
Tiro de Guerra 02-025

Também marcaram presença os jovens João Vitor Scalco, acadêmico de Direito – que por cinco anos consecutivos participa dessas solenidades, discorrendo sobre a história do feriado de 9 de Julho; Maria Julia Kamla Passi, aluna do 5º ano da EMEB Theodomiro da Silva Melo, com o poema “Soldados Paulistas de 32”; e Beatrice Pessoa Ribeiro, filha do historiador e professor Ivair Augusto, autor do trabalho “Os Conturbados e Inesquecíveis Anos 30 e o Sertão Paulista”, que resgatou parte da historia da participação da região no movimento de 32.

João Vitor Scalco, Maria Julia Kamla Passi, e Beatrice Pessoa Ribeiro
João Vitor Scalco, Maria Julia Kamla Passi, e Beatrice Pessoa Ribeiro

A homenagem póstuma, em reverência à memória dos heróis falecidos, foi feita através de três ritos: a chamada dos ex-combatentes, através da leitura feita pelo presidente da Sociedade Veteranos, Luiz Salata; a execução da Marcha do Silêncio, feita pelo jovem músico Deyvid Isac de Oliveira Costa e, finalmente, a deposição de flores no Obelisco da Praça Heróis Olimpienses de 32, por parentes dos ex-combatentes e autoridades.

Luiz Salata faz a chamada dos ex-combatentes, na sequência a Marcha de Silêncio e deposição das flores no Obelisco
Luiz Salata faz a chamada dos ex-combatentes, na sequência a Marcha de Silêncio e deposição das flores no Obelisco

Esse foi um momento de muita emoção, quando o filho do ex-combatente Mindu, Hélio Pereira de Souza, acompanhado de familiares, se emocionou. Ele estava com as medalhas do pai no peito, e não conteve as lágrimas na deposição de flores.

A emoção de Hélio Pereira de Sousa, filho de Mindú, ex-combatente
A emoção de Hélio Pereira de Sousa, filho de Mindú, ex-combatente

Ao final das apresentações musicais, o presidente Salata fez as suas considerações, seguido do médico Luiz Fernando Rímoli, filho do ex-combatente João Rímoli Neto.

O discurso inflamado de Luiz Fernando Rímoli, também filho de ex-combatente, João Rímoli
O discurso inflamado de Luiz Fernando Rímoli, também filho de ex-combatente, João Rímoli

Por fim, o TG fez a sua última apresentação, relembrando, também, que o Exército Constitucionalista de 32 foi formado por parte do Exército Brasileiro, sediado em São Paulo.

VEJA TODAS AS FOTOS DO EVENTO