Por Ivanaldo Mendonça — Desde 1992 o Brasil celebra a Semana da Família. O objetivo desta iniciativa, que acontece sempre na segunda semana de Agosto, no contexto do mês vocacional, é despertar a atenção para a realidade da família, contemplado suas alegrias, desafios e esperanças.

A cada ano um tema inspira reflexão, partilha, oração e, sobretudo, atitudes concretas, voltadas á promoção desta entidade tão cara a cada pessoa e a todas as pessoas.

Em 2018 a Semana Nacional da Família assume como tema “O Evangelho da família, alegria para o mundo”, o mesmo do Nono Encontro Mundial das Famílias que acontecerá em Dublim, na Irlanda, no final deste mês.

Inspira a temática a Exortação Apostólica sobre o ‘Amor na Família’, assinada, há dois anos, pelo Papa Francisco, e que ainda ressoa fortemente, sobretudo, por apresentar uma visão positiva acerca da família, desafiando a Igreja a rever a maneira através da qual evangeliza.

Somos desafiados a alargar os horizontes, contemplando a Família, para além daquilo que compreendemos, vemos, sentimos e fazemos. Mais que uma instituição humana e/ou resultado de convenções sociais, a família é uma entidade, traz consigo elementos profundos de natureza sobrenatural; antes de ser vontade humana, ela nasce do coração de Deus que cria homem e mulher Sua imagem e semelhança e, no ápice da revelação, permite que Seu Filho, Jesus Cristo, assuma a natureza humana, também, através da família, consagrando-a ‘santuário da vida e do amor’.

Não obstante os desafios próprios de cada tempo ser família é necessidade humana e, sem ela, tudo o mais fica comprometido. Zelar por uma realidade tão especial pressupõe que nos abasteçamos daquilo que configura sua raiz mais profunda: a dimensão espiritual.

Por isso, também, estrategicamente, o mal, manifesto de tantas formas, prioriza, distanciar a família, o mais possível, do coração de Deus e daquilo que pode fortalecê-la espiritualmente, como por exemplo, a Igreja e seus ensinamentos.

Como alimento que nutre e fortalece a caminhada da família devemos cultivar:

  1. A fé madura, alimentada pela oração;
  2. O amor inegociável, alimentado pela prática da misericórdia;
  3. A esperança firme, alimentada por valores sólidos;
  4. A gratidão, alimentada pelo convívio saudável;
  5. A alegria transformadora, alimentada pela partilha. Sem desviarmo-nos dos desafios, enfrentando- os com sensatez, maturidade e equilíbrio, contemplamos a Família como esperança, zelamos pela Família com amor, pois antes de tudo, ela nasce do coração de Deus.

 

 

 

 

 

 

Ivanaldo Mendonça

Padre, Pós-graduado em Psicologia