Na última terça-feira (14), no período da tarde, Olímpia foi sede do Concurso Moda Inclusiva, evento realizado na Faculdade Uniesp / Ernesto Riscali). O concurso existe há oito anos, é realizado pela Secretaria Estadual da Pessoa com Deficiência, com o propósito de “mudar paradigmas dos estudantes em relação à inclusão”, conforme explicou sua idealizadora e coordenadora, Daniela Auler.

Na oportunidade, Auler acompanhou a avaliação da banca julgadora local dos trabalhos inscritos pelos estudantes e profissionais da região, composta pela presidente do Fundo Social Aparecida Zuliani, assistente social Edna Marques e pela representante da

Os trabalhos foram apresentados em um telão, para conhecimento dos avaliadores. O trabalho vencedor, no caso Tamiris Batista de Oliveira, receberá o tecido para confeccionar o look proposto e irá apresentá-lo na 8ª edição do Concurso Moda Inclusiva Internacional.

Outros dois trabalhos classificados foram executados por Yara Guimarães Ferreira e Izabela Camilo Bueno, segunda e terceira colocadas, respectivamente.

“A importância desta Mostra é possibilitar mudar o paradigma dos estudantes em relação à inclusão. E a moda é ferramenta para tratar desta questão. Além do produto final, busca ajudar em 90% a pessoas com deficiência em seu dia-dia”, informou Daniela Auler.

“A moda inclusiva tem detalhes como abertura diferenciada em roupas, fechamento em imã, etiquetas em braile ou com novas tecnologias para as pessoas com deficiência visual serem informadas sobre o que é cold, enfim, ferramentas que facilitem o dia-dia”, complementa.

“O mais legal é que servem para todos, como as calçadas com rampa, facilita para a sociedade como um todo”, prosseguiu. O trabalho contou com a colaboração técnica da estilista olimpiense Mariáh Arantes, que é parceira do projeto em Olímpia desde o primeiro concurso.

Analisando a questão da percepção da sociedade quanto aos direitos dos deficientes, Auler disse acreditar que “melhorou muito”, que a sociedade civil “está bem evoluída nesta questão”. “Só de termos acesso à escola, acesso físico ao trabalho, as pessoas com deficiência ficam mais nas ruas e a sociedade vai encarando estes direitos de forma mais verdadeira”, enfatiza.

“A mudança de cultura vem com o trabalho que desenvolvemos. Pequenos trabalhos, criar algumas leis para estimular a população a uma mudança de cultura, de paradigma. E a moda é legal por isso, porque acaba sendo uma forma lúdica de transformação, porque vem de uma forma agradável, gostosa, com o talento. E isso ajuda na mudança de paradigma”, reitera.

O Brasil tem hoje cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Somente no Estado de São Paulo, esse contingente ultrapassa nove milhões. Há um grande mercado de produtos e serviços para atender as demandas específicas desse segmento.

O evento teve o apoio da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Assistência, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.