De acordo com a Fundação Seade, em 2020, a taxa de mortalidade infantil no Estado de São Paulo foi de 9,75 óbitos de menores de um ano por mil nascidos vivos, retomando tendência decrescente observada neste século, após período de relativa estabilidade. Pela primeira vez a mortalidade infantil paulista alcançou patamar de um dígito.

Nos últimos 20 anos essa taxa reduziu-se em 42%. O risco diminuiu em todos os componentes da mortalidade infantil, sendo que o neonatal precoce (0 a 6 dias) ainda representa a maior proporção dos óbitos infantis (51% do total).

Em Olímpia, essa tendência de queda se repete desde 2018, quando estava em dois dígitos: 14,49, passando para 10,12 em 2019; e finalmente 7,72 (por mil nascidos vivos) em 2020, última medição. Pelas estatísticas desde 2000, esses índices ora subiram, ora despencaram. Em 2000, por exemplo, o índice de mortalidade infantil em Olímpia era de 25,68. Dez anos mais tarde, em 2010, caiu para 6,38, subindo dez anos mais tarde para 7,72.

Olímpia registrou no ano passado 648 nascimentos, sendo cinco mortes, três precoces, um neonatal tardio e outro pós-natal. Essa média na faixa de 600 nascidos vivos (para mais) permanece desde 2000, segundo a Seade.

A Estância registrou, ainda, índice menor do que Barretos (13,37) e São José do Rio Preto (8,39).

Idade da mãe

As taxas de mortalidade infantil por idade da mãe mostram que as crianças nascidas de mulheres com menos de 19 anos e daquelas com mais de 40 anos apresentam os maiores riscos de morrer antes de completarem um ano de vida. As taxas de 2020 foram inferiores às de 2019 em todas as idades das mães, com maiores reduções para as idades abaixo de 25 anos e acima de 40 anos. Vale destacar que a distribuição dos nascimentos segundo idade da mãe praticamente não se alterou nesses dois anos.

Principais causas

As principais causas da mortalidade infantil englobam algumas afecções originadas no período perinatal, malformações congênitas, doenças infecciosas e parasitárias e doenças do aparelho respiratório, que, em conjunto, concentraram 88% dos óbitos em 2020 e 90% em 2019. Entre esses dois anos foram observadas duas tendências: redução na participação das afecções perinatais, doenças infecciosas e do aparelho respiratório; e aumento na proporção das malformações congênitas e demais causas de morte.

Desempenho por região

O decréscimo da mortalidade infantil entre 2019 e 2020 induziu maior homogeneidade regional, pois nas regiões com taxas mais elevadas foram registradas as maiores reduções: Ribeirão Preto (29%), Baixada Santista e Itapeva (25%), Araçatuba e Registro (19%), Sorocaba (17%).

Em 2020, as maiores taxas ocorreram na Baixada Santista (11,1 óbitos por mil nascidos vivos), Registro (10,7), Itapeva e Presidente Prudente (ambas com 10,5), enquanto as menores foram observadas em São José do Rio Preto (7,8), Ribeirão Preto (8,6) e Campinas (8,9).