O Dia Mundial de Luta contra a Raiva é celebrado nesta terça-feira (28). A data marca a importância de conscientizar as pessoas sobre a prevenção da doença, que pode acometer todas as espécies de mamíferos, inclusive seres humanos. Dentre as doenças infecciosas de origem viral, a raiva é a única em relação a seu alcance e ao número de vítimas que pode gerar uma encefalite aguda capaz de levar as vítimas ao óbito em praticamente 100% dos casos.

Datas como esta são definidas para chamar a atenção da população sobre a importância de ter seus cães e gatos vacinados. E em caso de contato com algum animal, como mordidas, procurar o posto de saúde mais próximo de sua residência o quanto antes, orientam autoridades sanitárias.

Mas, pelo terceiro ano consecutivo, apesar das campanhas que estão no ar inclusive no Ministério da Saúde nesta data, Olímpia não recebe doses para a realização da Campanha de Vacinação Antirrábica, as poucas doses recebidas pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento Regional de Saúde de Barretos (DRS) são utilizadas para a vacinação em zona rural em decorrência do maior risco de incidência de morcegos hematófogos.

Essa explicação foi dada pela Secretaria da Saúde de Olímpia a pedido do Diário, face à data de hoje ser de Luta contra a Raiva. Felizmente, apesar do descaso do Ministério da Saúde, não há casos de morte por raiva na cidade (pelo menos este tipo de raiva – contém ironia).

“A Saúde salienta que não há previsão, por parte do Ministério da Saúde, para a realização de campanha de vacinação contra a raiva”, conclui a nota.

A RAIVA

No Brasil, a raiva é mais conhecida por quem tem animal de estimação, por conta da vacinação. Essa medida é fundamental para o controle da doença no país.

O vírus da raiva fica presente na saliva de animais infectados e é transmitido principalmente por meio de mordeduras e, eventualmente, pela arranhadura e lambedura de mucosas ou pele lesionada.

Quando o animal está contaminado com o vírus da raiva animal pode tornar-se agressivo, mordendo pessoas, animais e objetos, ou ficar triste, procurando lugares escuros.

O latido torna-se diferente do normal, fica de boca aberta e com muita salivação, recusa alimento ou água, tendo dificuldade de engolir (parecendo engasgado). Também fica sem coordenação motora, passa a ter convulsões, paralisia das patas traseiras (como se estivesse descadeirado), além de paralisia total e morte.

O que fazer ao ser mordido

Mesmo que o animal seja vacinado, é necessário lavar imediatamente o ferimento com água e sabão em barra, procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no caso de Olímpia.

Além disso, não matar o animal agressor. Deixá-lo em observação durante 10 dias, em local seguro, para não fugir nem atacar pessoas ou outros animais. Ele deve receber água e comida, normalmente. Durante a observação, verificar se apresenta algum sinal suspeito de raiva (alteração de comportamento).