DA REDAÇÃO – A partir deste sábado (9) a Estância Turística de Olímpia passa a pertencer à Região Metropolitana de São José do Rio Preto e não mais de Barretos. Pleito antigo do prefeito Fernando Cunha, face às constantes dificuldades impostas ao município, e que se concretizou graças também ao trabalho do deputado federal Geninho Zuliani e do estadual Carlão Pignatari (atual presidente da Assembleia Legislativa), com a publicação de Resolução do Gabinete do Secretário no Diário Oficial do Estado.

O prefeito Fernando comemorou nas redes sociais: “A transferência de Olímpia, da regional de saúde de Barretos para São José do Rio Preto é realidade. O decreto estadual que oficializa a mudança acaba de ser publicado no Diário Oficial”.

Segundo ele, essa é “uma demanda que vínhamos fazendo constante gestão junto aos órgãos competentes, tendo em vista a preferência dos olimpienses pela cidade vizinha, quanto à utilização de serviços de saúde não oferecidos em Olímpia, e que ganhou ainda mais reforço depois que nossa cidade foi incluída na nova Região Metropolitana de Rio Preto”.

E, agradece: “Uma conquista histórica que agradeço todo o apoio e empenho do nosso deputado federal @geninhozuliani, do governador @rodrigogarciaoficial, do deputado estadual e presidente da Alesp, @carlaopignatari, e da diretora do DRS de Rio Preto, @fortisilvia”.

E não vai parar na Saúde, não. Ainda há que se transferir as regionais da Assistência Social, Educação, entre outras. “Este é só o começo. Vamos continuar trabalhando pela transferência das regionais das demais áreas, buscando sempre a melhor gestão em favor da população”, garante Fernando Cunha.

HÁ UM ANO, PREFEITO CRITICAVA A GESTÃO DE BARRETOS

Em 14 de agosto do ano passado, em programa do grupo Monteiro de Barretos, em Barretos, Fernando Cunha disparou críticas à Barretos, justificando a ida de Olímpia para a Região Metropolitana de Rio Preto: “Olímpia, muitas vezes, tem tido um ‘sub atendimento’ de Barretos, das nossas necessidades, não teve muita generosidade conosco em diversas áreas e ocasiões. Não temos um plantão policial noturno e de fim de semana, mas aqui em Barretos. Em Julho (2021), o turismo retornou e tivemos 340 mil diárias hoteleiras, sem contar as pessoas que vão para passar apenas um dia, e não temos um plantão policial noturno, tive de fazer da Guarda Civil um plantão digital na Rodoviária, e não é culpa do Seccional Dr. Cavalcanti, é um homem gentil, um lorde inglês, mas mostra uma certa fragilidade da Regional de Barretos, uma sede de região tem que ser generosa, ampla, não pode competir, e Rio Preto tem essa visão, esse espírito”.

O diretor Monteiro Neto indagou, naquela ocasião, se o prefeito de Olímpia tem restrições com Henrique Prata (Hospital do Amor), já que tem restrições de Saúde com Barretos, o prefeito olimpiense desmentiu e fez críticas, sim, à Divisão Regional de Saúde (DRS), que ‘também não foi generosa com Olímpia’: “Até agradeço a oportunidade para esclarecer isso, eu tenho restrições à Saúde, com essa falta de generosidade da administração como Região, e vou dar alguns exemplos, mas com Henrique Prata muito pelo contrário, o Henrique é imprescindível, posso contestar posturas dele quando envolve a saúde pública que afeta a região, tivemos problemas pontuais, claro que o Henrique tem que socorrer a saúde pública de Barretos e do Estado”.

João Monteiro de Barros Neto, diretor da Organização Monteiro de Barros

Fernando Cunha enumerou algumas críticas à Divisão Regional de Saúde de Barretos: “A UTI da Santa Casa estava fechada, reformei para reabrir, a DRS não me credenciou, tive de ir à Brasília credenciar e cima para baixo; não tinha um tomógrafo, um paciente chegava politraumatizado o médico não sabia nem por onde começar, tive de me socorrer com o vice-governador Rodrigo Garcia e com o deputado Geninho, porque a DRS não nos avalizou, mais uma vez corri de cima para baixo e hoje estou com todos os equipamentos; ia abrir a Hemodiálise, mas chegou a pandemia, temos 50 pacientes que vão à Barretos em uma Van, se já não bastasse o sofrimento da doença, Barretos atende 150, não vai me credenciar, vou para Brasília de novo e vou conseguir; abri o CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial), tenho dificuldade de credenciamento na DRS de Barretos – não quero saber de pessoas, quero saber de resultados para Olímpia, e vou usar as minhas relações políticas com quem fora para buscar em favor de Olímpia”.

Naquela ocasião, há um ano atrás, o prefeito de Olímpia disse que estava tendo dificuldades para receber pagamentos para cobrir despesas da UTI: “Temos que se virar para ajudar, daí fico assistindo essas fragilidades, parto para buscar novos horizontes”.