As mais de três mil peças que compõem o valioso acervo do Museu de História e Folclore “Maria Olímpia” serão transferidas de local. A medida é uma necessidade provisória devido ao projeto de restauração do atual prédio do Museu.

Segundo a secretária Tina Riscali, o acervo será transferido para outro prédio histórico. Trata-se da antiga residência do empresário David de Oliveira, cujo proprietário faz parte da história de Olímpia e inclusive dá nome à rua onde se encontram as duas edificações. “A sugestão da edificação de David de Oliveira foi do próprio prefeito Fernando Cunha e faz parte da linha de pensamento que vem adotando para a manutenção da cultura e da memória da cidade”, conta Tina.

A partir da próxima segunda-feira, dia 2, o prédio do Museu estará fechado para avalização, na qual será emitido laudo técnico sobre as condições estruturais do local para posterior início da reforma e restauração. O objetivo é oferecer segurança e melhor atender a população e os turistas que se encantam com o valor histórico do lugar.

As decisões foram tomadas na tarde de terça-feira, 26, durante reunião do prefeito Fernando Cunha, com a secretária de Cultura, Esportes e Lazer, Tina Riscali e com a diretora do Museu, arquiteta especialista em restauro, Rosely Mayse Seno.

Também estiveram no encontro no Gabinete Executivo a coordenadora da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico, Regina Ponte, e o diretor do SISEM – Sistema Estadual de Museus, Davidson Kaseker. Os dois representantes são técnicos da secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e estiveram em Olímpia a pedido do prefeito para dar suporte às ações culturais que pretende implantar no município.  

Regina e Davidson acompanharão todo o procedimento de transferência do acervo do Museu e outras medidas necessárias para a conservação e funcionamento relativos ao prédio e ao acervo.

A decisão do prefeito sobre a reforma se deu após Rosely Seno e o arquiteto da prefeitura, Sérgio Carvalho, realizarem prospecções nas áreas molhadas que compõem a edificação e diagnosticarem que as antigas vigas de ferro – parte da técnica construtiva – apresentam deterioração grave. “Isso pode colocar em risco os frequentadores, funcionários, o próprio patrimônio edificado, acervo histórico e folclórico de que é constituído”, explica Rosely.

A especialista lembra que a última revisão estrutural foi executada em 1980 e as vigas que ali permanecem datam de 1910, aproximadamente. “O prédio necessita, portanto, de reforço estrutural, revisão dos barrotes que dão sustentação ao piso de madeira, trocas de tábuas corridas deterioradas, reposição de ladrilhos hidráulicos danificados, restauração das esquadrias originais, higienização, descupinização e outras medidas necessárias, inclusive com relação à área expositiva”, afirma a arquiteta e diretora do Museu.

De acordo Rosely, por se tratar de um prédio histórico, todos os cuidados para a manutenção das características originais da edificação serão tomados e acompanhados por especialistas, inclusive com relação à manutenção das técnicas construtivas que o caracterizam.

No imóvel do David Oliveira será instalado todo o acervo folclórico do Museu. O acervo da história de Olímpia será devidamente guardado, até que a reforma do Museu seja concluída.