Diante da pandemia da Covid-19, a Estância Turística de Olímpia vai, sim, realizar o Festival do Folclore 2020, mas adequado para o formato digital.

O anúncio da mudança foi feito pelo prefeito Fernando Cunha após reunião com o secretário de Cultura, Esportes e Lazer, Beto Puttini. 

O prefeito explica que “o município tem acompanhado a situação da pandemia em todo o país, tendo em vista que o Festival recebe grupos de diversos Estados, e estudado as medidas a serem adotadas, pensando, principalmente na proteção da saúde da população olimpiense, sem deixar de lado o compromisso da cidade com a tradição cultural, tendo em vista o título de Capital Nacional do Folclore”. 

A lei que transformou Olímpia em Capital Nacional do Folclore nos traz responsabilidade de cultuar o folclore nacional, a autêntica cultura popular brasileira. Nós nunca deixamos de ter o festival, temos grupos que mantêm sua existência por causa do evento e esperam o ano inteiro para vir a Olímpia, mas o país todo está sofrendo e, dentro do contexto da crise da Covid, nós estamos analisando e elaborando um projeto pra realização de um festival, nos moldes que a crise da Covid”, declarou o prefeito.

Por isso, este ano, não serão trazidos grupos de norte a sul do país, e não serão atraídos visitantes e turistas para o festival.

Será um festival digital, que será transmitido para o Brasil inteiro, pela Internet. “Nossa ideia é pedir filmagens dos grupos para reproduzirmos as apresentações online e mesclar com apresentações presenciais dos grupos apenas de Olímpia, as Folias de Reis e Congadas, e os grupos parafolclóricos, voltado para a população olimpiense e transmitido pela internet”, acrescentou o prefeito. 

DE 8 A 16 DE AGOSTO

Também de acordo com o anúncio, a data do festival permaneceria a mesma, de 8 a 16 de agosto, estando em definição ainda os moldes da programação, com o cronograma das apresentações online e presenciais.

Além disso, está em estudo a mudança do local, levando as atividades presenciais para a Praça da Matriz, ao invés do Recinto, uma vez que será um evento de pequeno porte físico, focando na expansão do alcance digital.

A proposta também não prevê a realização das peregrinações e do desfile de encerramento, bem como das atividades que envolvem as crianças da rede municipal, para não as expor a nenhum risco e considerando ainda que não há uma data definida para o retorno das aulas.

Outra questão que ainda está em discussão é a de manter apenas as barracas das instituições sociais e filantrópicas, que, caso haja interesse das entidades, as estruturas serão montadas pela Prefeitura, respeitando as condições de distanciamento adequadas.

Não teremos a movimentação e a grandiosidade da festa, mas faremos um festival essencialmente cultural. Esperamos que, com isso, a cidade cumpra com a nossa obrigação de preservar a cultura nacional, o folclore nacional, e transmitir também para os grupos de todo o Brasil, uma mensagem de esperança, de que a vida continua. Sabemos que muitos locais estão sofrendo mais que nós com essa pandemia e nós queremos mandar essa mensagem, a de que nós continuaremos aqui promovendo a cultura do folclore nacional para o país todo e vamos esperá-los para o próximo ano, que Olímpia fará mais um festival grandioso como sempre fez, com a presença dos Estados”, destacou o prefeito.

ECONOMIA DE RECURSOS

A mudança de formato na realização do Fefol 2020 também causará impactos nos recursos investidos, com grande economia para o município. “Isso porque, enquanto o custo em anos anteriores, com toda a estrutura e acomodação dos grupos, gira em torno de 500 a 800 mil reais, incluindo repasses de patrocinadores, para este ano, a previsão é de que o texto máximo de despesas esteja entre 50 e 100 mil”, assinala Cunha. 

É importante frisar ainda que, o município já tinha aprovado, para 2020, um projeto do Proac – Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo – e que a intenção é captar recursos junto às empresas para o custeio do evento, uma vez que o programa é um incentivo fiscal à iniciativa privada, que pode reverter o pagamento de ICMS em contribuição para projetos culturais. Com as busca de recursos, o objetivo é diminuir ou até zerar o dispêndio do município, segundo a Prefeitura.

Por fim, o município destaca que, “diante do cenário atual de incertezas, todas as questões ainda estão sendo discutidas e estudadas e que, à medida que forem definidas, ao longo dos próximos 100 dias, serão amplamente divulgadas para informação do público e da população” .