O primeiro turno das eleições de 2 de outubro teve uma característica peculiar: como houve polarização entre dois candidatos, muita gente que não votava, decidiu enfrentar as filas para ficar de um lado ou de outro dos candidatos preferenciais. Um deles, aqui em Olímpia, exagerou, colocando em risca estar foragido da Bahia desde 2014 quando cometeu crime de homicídio.
Em 2 de outubro, Gonçalo Barbosa de Lima, 58 anos, tentou votar em Olímpia. Constar estar residindo na Estância Turística desde quando fugiu, em 2014, do bárbaro crime que cometeu em Livramento de Nossa Senhora (BA), ou seja, desde 7 de fevereiro daquele ano. O título de eleitor estava bloqueado. Insistiu, mas não conseguiu votar.
Imagine se o candidato dele iria ficar sem o seu voto no segundo turno. Lá foi Gonçalo ‘regularizar’ o seu título de eleitor. Agora, se quiser votar, talvez, será da cadeia. Saiu preso porque, no levantamento das razões do bloqueio, o Cartório Eleitoral de Olímpia viu que Gonçalo estava foragido, já que foi condenado há 18 anos de prisão. Deveria ter cumprido oito.
O advogado Leo Christian Alves Bom acompanhou o eleitor condenado em seu depoimento e, claro, depois, foi ‘guardado’ a sete chaves atrás das grades.
A NOTA DO CARTÓRIO
A pedido do Diário, o chefe do Cartório Ailton Issagawa, enviou a seguinte nota sobre o caso: “O eleitor que foi preso pediu informações sobre o título de eleitor. Informamos que ele está com os direitos políticos suspensos por conta de condenação criminal, mas ele insistiu na versão de que não teve processo criminal. Como recebemos recentemente a informação sobre a condenação e a pena é de 18 anos de prisão, presumimos que ele não cumpriu a pena. Solicitamos informações para o sargento Vieira, da PM, e ele enviou uma viatura para averiguar e/ou cumprir o mandado de prisão”.