O homem assassinado com a esposa e a filha de 15 anos em emboscada em Votuporanga (SP) planejava entregar maconha a suspeitos no dia do crime. A informação foi revelada por uma testemunha à Polícia Civil. Confira a entrevista dos delegados:

Anderson Marinho, de 35 anos, de Olímpia, teria convidado um colega de trabalho para fazer a entrega da droga em Votuporanga, mas o homem recusou por causa do valor que seria pago. A testemunha, que é investigada por envolvimento com tráfico de drogas, estava de “saidinha” de fim de ano. Anderson, por sua vez, tinha passagens por tráfico, registradas em 2015.

Segundo a Polícia Civil, Anderson, a esposa Mirele Tofalete, de 32 anos, e a filha do casal, Izabelly, saíram de Olímpia para comemorar o aniversário da mulher com um almoço em São José do Rio Preto. Mas, o caminho foi outro: Votuporanga, passando por um radar de Mirassol.

As vítimas foram mortas com tiros de 9mm. Primeiro, Anderson, a metros do carro, provavelmente foi conversar, ou negociar, com o criminoso. Depois, as mulheres que estavam no carro e, provavelmente, segundo a Polícia, foram descobertas depois da morte do homem por terem se desesperado dentro do veículo. A polícia acredita que elas foram assassinadas porque testemunharam o crime.

O primeiro suspeito do crime, João Pedro Teruel, de 23 anos, foi preso temporariamente por 30 dias na quinta-feira (18). Ele inicialmente negou o crime, mas depois afirmou que ajudou a armar a emboscada contra a família.

“Tão logo ocorreram os disparos, houve a reação das demais vítimas, que estavam no carro. O veículo era provido de uma película escura, forte, e provavelmente não sabiam da presença dessas vítimas. Acreditamos que elas foram assassinadas porque testemunharam o crime”, explica o delegado seccional de Votuporanga, Márcio Nosse.

A DIG de Votuporanga aguarda laudos e continua investigando o caso para tentar localizar outros suspeitos de participarem do crime.